Política

NOVO PROJETO

Wellington Dias diz que limitar ICMS não reduzirá preço do combustível: 'Tudo mentira'

Para Dias, outras medidas que prometiam reduzir o preço dos combustíveis também foram malsucedidas no passado

Sábado - 28/05/2022 às 12:34



Foto: Reprodução Wellington Dias
Wellington Dias

O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), classificou como "mentira" as afirmações de que o projeto que limita a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a 17%, aprovado pela Câmara dos Deputados, irá diminuir o preço dos combustíveis, da energia e das comunicações de uma vez.

"O povo e os Estados perderam e União e aplicadores, metade brasileiros e metade estrangeiros, ganharam. Agora, estão enganando o povo brasileiro pela terceira vez, dizendo que o projeto aprovado ontem na Câmara vai ao mesmo tempo baixar o preço dos combustíveis, da energia e comunicação. E, ainda, fazer cair a inflação e os juros. E eu digo: tudo mentira", afirmou o ex-governador em declaração enviada ao UOL .

Ex-coordenador do Fórum dos Governadores e atualmente pré-candidato ao Senado pelo Piauí, Dias também disse que membros do Fórum devem se reunir na próxima segunda-feira (30) com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSB-MG), e com integrantes do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e Distrito Federal) para discutir os termos do projeto, que ainda tramitará pelo Senado. 

Para Dias, outras medidas que prometiam reduzir o preço dos combustíveis também foram malsucedidas no passado, como a retirada da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), zerada após a greve dos caminhoneiros de 2018, e o congelamento do ICMS em novembro de 2021. 

"Insistimos que o aumento não é por conta do ICMS. A causa para mais e mais aumento é a internacionalização dos preços dos combustíveis e, agora, ainda precisa encontrar caminho adequado para energia e comunicação", disse Wellington Dias. O ex-governador destacou que, no mesmo dia da aprovação do projeto, também foi aprovado o maior reajuste da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aos planos de saúde dos últimos 22 anos — de 15,5%. "Segue subindo tudo. 

É possível enganar a muita gente por muito tempo, mais não podem enganar a todo mundo o tempo todo. O povo está acordando. Espero que o Senado Federal aprove medidas fruto de diálogo com Estados e municípios, de verdade, capaz de baixar os preços, e parem de enganar o povo, parem de mentir", concluiu.

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Fonte: UOL Economia

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