
O sociólogo Messias Júnior é o entrevistado do episódio desta quarta-feira (7) do podcast Politicamente. Em entrevista à jornalista Marílila Lélis, ele falou sobre o movimento "Ainda estamos aqui", que busca revitalizar e fortalecer o Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Piauí.
"O PSB tem um legado em defesa do Brasil, em defesa do Piauí, inclusive já governou o estado do Piauí, já administrou a Câmara Municipal de Teresina por dois mandatos, teve 44 vereadores, 30% da Assembleia e 30% da Câmara de Deputados. É um partido histórico, um partido de legado, um partido que tem um programa. Não é um partido de aluguel, não é uma sigla que chegou agora, foi constituída apenas para resolver interesses individuais. Então tem que ter posição, tem que ter um legado, precisa sair do ostracismo e da política pequena. Ele precisa mostrar a cara", disse.
Messias Júnior destaca que, nas Eleições de 2022, o PSB no Piauí não teve candidato a deputado estadual nem a deputado federal. "Não tivemos candidatura majoritária e simplesmente o PSB serviu para contribuir com o tempo de televisão na eleição do Rafael Fonteles, nosso governador. Nós achamos que a posição correta era essa, mas o dever de casa de ter uma chapa de candidato a deputado estadual, de candidato a deputado federal, não foi feito", disse.
Segundo o sociólogo, o projeto de renovação do partido no Piauí acaba de começar com a eleição de Bid Lima para o diretório municipal de Teresina, e a de Washington Bonfim para a presidência estadual da sigla.
"O que é que nós queremos? É fazer a vacina, para que o partido não tenha esse boom agora e volte a não existir. O PSB já governou o estado, como eu disse, e aí chega a uma eleição e não apresenta um candidato a deputado estadual, um candidato a deputado federal", declara.
No Piauí, o partido existe apenas de forma provisória. Como explica Messias Júnior, o estatuto partidário determina que o partido só é definitivo quando atinge uma porcentagem de voto para deputado federal. "Se não apresentamos chapa para deputado federal, temos as direções municipais. A direção estadual aqui no estado do Piauí é provisória e você sabe que a legislação obriga os partidos a ter um certo número de votos para deputado federal, para ter representação política na Câmara dos Deputados e no Senado Federal", afirma.
"Nós queremos sair desse estágio de provisório. Como é que nós vamos sair? Fazendo com que as pessoas entrem no partido, que eles entrem sabendo o programa do partido, que venham com as suas ideias e seus projetos individuais, mas que saibam dialogar com os outros projetos individuais e valorizando o projeto coletivo do partido", declara Messias Júnior.
Confira a entrevista completa: