
O ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, afirmou que não vai comentar as acusações feitas por Robert Rios, ex-vice-prefeito e ex-secretário de Finanças, que o acusou publicamente de ter permitido um esquema de corrupção envolvendo seus familiares durante a sua gestão. “Não vi essa farofada que ele fez na Câmara, mas quem falar de mim sem provas, terá rebate. Hoje em dia ninguém consegue esconder mais nada. A tecnologia está tão avançada que tudo aparece. Se alguém me acusa, tem que provar. Não adianta vir com esse negócio de 'farofa'. Tem que mostrar o pau e a cobra que matou.”, declarou.
Dr. Pessoa revelou que atualmente a saúde é sua prioridade e que tem enfrentado problemas renais, como sequela da Covid-19. “Eu estou focado agora é na minha saúde. Tenho exames, tratamentos, já fiz quatro cirurgias e estou indo para mais uma bateria de exames. Mas se alguém me confrontar, eu digo logo: traga a prova. Não é só dizer que sabia. Sabia o quê? Tem que provar".
O ex-gestor municipal ainda avisou que após os tratamentos de saúde pretende voltar à cena política da capital, no próximo ano. "Eu estou só em conserto, viu? Conserto ocular, conserto de tudo quanto é lado. Igual carro velho, mas ainda ando e vou andar muito".
Robert Rios acusa familiares do ex-prefeito de desvio de recursos
Durante depoimento prestado à CPI do Déficit Bilionário da Câmara Municipal de Teresina, nesta quarta-feira (6), Robert Rios fez graves acusações contra familiares de Dr. Pessoa. Segundo ele, havia um esquema de desvio de recursos instalado na Prefeitura, envolvendo diretamente a esposa, o filho e sobrinhos do ex-prefeito.
Robert relatou que, no dia 30 de dezembro de 2022, procurou Dr. Pessoa para alertá-lo pessoalmente:
“Doutor Pessoa, eu sou um delegado da Polícia Federal, estou constrangido de estar aqui nessa prefeitura. A sua mulher está roubando, o seu filho está roubando, tem vários sobrinhos seus roubando e eu não posso assistir isso calado.”
Segundo ele, após o episódio, decidiu se afastar definitivamente da gestão. “Nunca mais coloquei meus pés lá. Se o Silvio fala em roubo, eu até atribuo que ele encontrou uma catástrofe na prefeitura e deu o nome dessa catástrofe de roubo. Mas rombo não teve, teve roubo.”
A sessão desta quarta-feira foi a segunda oitiva da CPI do Rombo, que investiga o suposto déficit bilionário deixado pela gestão municipal.
MATÉRIA RELACIONADA