
A proposta de alteração na Lei da Ficha Limpa, que visava reduzir o prazo de inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) de oito para dois anos, perde apoio e não deve avançar no Senado. Parlamentares bolsonaristas haviam defendido a mudança para possibilitar a reabilitação política do ex-presidente, permitindo-lhe se candidatar novamente nas eleições de 2026. A iniciativa, no entanto, enfrenta crescente resistência, tanto na opinião pública quanto entre os próprios aliados políticos de Bolsonaro.
A mudança na lei, que contaria com a redução do período de inelegibilidade e a modificação da contagem do tempo, perdeu força devido à sua impopularidade. A proposta foi vista por muitos como um retrocesso, já que poderia gerar a percepção de impunidade, o que causou descontentamento entre a população brasileira. Além disso, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) alertaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), sobre a inviabilidade de um período de inelegibilidade inferior a uma legislatura, tornando a proposta ainda mais difícil de ser aceita.
A pressão popular e as dificuldades jurídicas levaram a um esfriamento do apoio político à mudança da Lei da Ficha Limpa. Segundo informações de articuladores, um teste realizado para medir a adesão à proposta revelou que ela teria apenas 34 dos 41 votos necessários para ser aprovada. O mais significativo é que, até mesmo membros do PL, partido de Jair Bolsonaro, se afastaram da iniciativa, o que evidenciou a falta de consenso dentro da base governista.
Com isso, a mudança na Lei da Ficha Limpa encontra-se estagnada no Senado e deve ser arquivada, pelo menos por enquanto.
Fonte: Brasil 247