Política

OPERAÇÃO GALHO FRACO

PF apreende R$ 400 mil em endereço ligado ao deputado Sóstenes Cavalcante

Dinheiro foi encontrado em flat usado por Sóstenes Cavalcante durante a Operação Galho Fraco, que apura desvio de cotas parlamentares

Da Redação

Sexta - 19/12/2025 às 11:30



Foto: Divulgação/PF Dinheiro apreendido na casa do deputado Sóstenes Cavalcante, em Brasília
Dinheiro apreendido na casa do deputado Sóstenes Cavalcante, em Brasília

A Polícia Federal apreendeu R$ 400 mil em espécie em um endereço ligado ao deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em Brasília, nesta sexta-feira (20).  O montante foi localizado durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Galho Fraco. A informação foi divulgada pela TV Globo.

De acordo com investigadores, o dinheiro estava guardado em um saco preto dentro de um armário no flat utilizado pelo parlamentar na capital federal. Sóstenes foi um dos alvos da operação, que apura suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar, supostamente por meio de contratos fictícios com empresas de fachada, entre elas uma locadora de veículos.

A ação também tem como alvo o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Segundo a Polícia Federal, a investigação é um desdobramento de uma operação realizada em dezembro do ano passado, quando assessores dos parlamentares foram alvo de buscas. O material apreendido naquela fase teria fornecido elementos para a nova ofensiva, agora direcionada diretamente aos deputados.

As diligências foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme a apuração, os parlamentares são suspeitos de desviar verba pública destinada ao funcionamento dos gabinetes parlamentares, utilizando contratos simulados para justificar os gastos.

Em nota, o deputado Carlos Jordy afirmou que as buscas são injustificadas e negou irregularidades. Ele alegou que não cabe ao parlamentar fiscalizar a estrutura interna das empresas contratadas, mas apenas contratar o serviço mais vantajoso.

Carlos Jordy também classificou a operação como uma tentativa de intimidação política contra parlamentares da oposição e disse que seguirá atuando na CPMI do INSS.

Veja a nota:

"No dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Flávio Dino.

As diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do meu gabinete. Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora?

Não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz.

É inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para intimidar parlamentares da oposição. Buscas contra deputados exigem indícios concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais.

Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização.

Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados".

Fonte: Com informações do g1

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