
No Centro de Convenções de Teresina, prefeitos de diversas cidades piauienses tiveram a oportunidade de discutir um dos maiores desafios da gestão municipal: o saneamento básico. O evento Pactos pelo Piauí, promovido pelo Governo do Estado em parceria com a APPM, trouxe à tona a urgência de avanços no tratamento de água, esgoto e, principalmente, na gestão de resíduos sólidos, um problema comum a quase todos os municípios presentes.
Um dos pontos debatidos foi a dificuldade em cumprir a lei federal que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e determinou o fim dos lixões até 2014 – prazo que, na prática, foi prorrogado diversas vezes devido aos entraves financeiros e operacionais enfrentados pelas prefeituras.
O prefeito de Simões, Magno Dantas, disse que está correndo atrás de recursos, mas esbarra na burocracia. “Ainda dependemos de parcerias com o estado e União para resolver a destinação final do lixo”, disse.
O mesmo problema enfrenta a prefeitura de Domingos Mourão, Nelda Gomes. "Já avançamos no calçamento e água encanada, mas precisamos de apoio para consolidar aterros sanitários e coleta seletiva".
Os prefeitos de Bocaina, Guilherme Macedo, e de Agricolândia, Marcão do Povo, encontraram nos consórcios municipais a solução para a destinação correta do lixo, mas ainda há muito a ser feito.
O que o estado oferece com o Pacto pelo Saneamento e Defesa Civil
O governo do Piauí apresentou um termo de adesão para formalizar a cooperação com os municípios. Entre as principais medidas propostas estão:
- Apoio técnico e financeiro para gestão de água e esgoto;
- Fomento a consórcios intermunicipais de resíduos sólidos;
- Capacitação de gestores para elaboração de planos de contingência e redução de riscos;
- Integração de sistemas de monitoramento e alertas ambientais.