Política

CONFLITO

Oposição pressiona PGR contra pedido de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro

Deputado Luciano Zucco busca reunir-se com Paulo Gonet para questionar acusações do PT sobre viagens de Eduardo Bolsonaro

Da Redação

Quarta - 12/03/2025 às 09:32



Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), pediu um encontro com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para discutir a queixa-crime apresentada pelo PT ao STF, que solicita a apreensão do passaporte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Zucco, acompanhado de outros dois deputados, pretende refutar as acusações de que Eduardo usaria viagens aos Estados Unidos para incitar políticos americanos contra o STF.

Caso a reunião seja confirmada, Zucco será acompanhado pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), ambos vice-líderes da oposição e integrantes da chamada "tropa de choque" bolsonarista. O grupo pretende apresentar ao procurador-geral dados sobre viagens realizadas por parlamentares do PT durante o período em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve preso, nas quais, segundo os oposicionistas, foram feitas críticas ao Judiciário.

A estratégia dos deputados é desqualificar a queixa-crime do PT, que alega que Eduardo Bolsonaro utilizaria suas viagens ao exterior para influenciar autoridades americanas contra o STF. Para os aliados de Bolsonaro, as alegações são infundadas e têm caráter retaliatório.

A queixa-crime foi encaminhada pelo ministro Alexandre de Moraes ao Ministério Público, que ainda não se manifestou sobre o caso. Gonet, por sua vez, informou que não responderia dentro do prazo de cinco dias estipulado pelo STF, justificando que o tempo adicional não afetaria o resultado da investigação.

A ação dos oposicionistas ocorre em meio a um ambiente de crescente tensão entre o Legislativo e o Judiciário, com parlamentares bolsonaristas denunciando o que consideram perseguição política contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Com informações de Brasil 247

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