O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, destacou a importância das mulheres no mercado do empreendedorismo do Brasil. O dirigente comemorou o fato de que são mulheres 70% das 4,63 milhões de pessoas do Cadastro Único do Bolsa Família, que já atuam com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou seja, trabalham como empresas formais, legalizadas. Isso significa que, nesse contingente composto por microempreendedores e microempreendedoras, com seu próprio negócio regularizado, as mulheres se sobressaem de forma intensa.
“Aproximadamente 70% são mulheres, sinal de que o caminho que estamos trilhando também dá esse resultado”, declarou o ministro, durante o encerramento da reunião da Força Tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, evento preparatório do G20, realizado em Teresina na semana passada. Wellington Dias mencionou o importante papel exercido pelas mulheres quando discorria sobre os resultados das políticas públicas desenvolvidas pelo MDS no combate à fome e à pobreza, o que pode inspirar outros países no contexto da Aliança Global.
Ele enfatizou o novo perfil de mães que precisam ter sua renda e criar os filhos. De acordo com o ministro, parte das chefes de família têm migrado para a informalidade, “e um dos fatores é o ajuste na configuração familiar”. Wellington Dias alertou para os desafios enfrentados pelas mulheres, citando os problemas que vêm afetando mães que cuidam de filhos e filhas, crianças – muitas, inclusive com algum tipo de deficiência – ou mesmo idosos na família. Mesmo assim, lembrou o ministro, essas mulheres vêm buscando uma nova forma de garantir o sustento familiar.
Políticas de cuidados
“Ela cuida da criança, cuida muitas vezes de uma pessoa com deficiência, cuida do idoso, e a partir dessa dedicação, muitas vezes não tem condições de estudar, de trabalhar”, analisou. “Então, a política de cuidados, a implantação, por exemplo, de creche, como faz o Piauí, escola de tempo integral, permite que se tenha ali a presença das crianças, dos adolescentes nos estudos e abre espaço para as mulheres”, acrescentou o ministro. Wellington Dias também ressaltou a relevância dos programas de qualificação profissional, que permitem “estudar muitas vezes em casa, poder trabalhar muitas vezes em casa, podendo conciliar a vida profissional e o cuidado”.
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