O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro está com o passaporte retido desde fevereiro de 2024 por conta das investigações que apuram uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022.
A defesa de Bolsonaro fez o pedido para ir à posse de Trump na semana passada. Em resposta, Moraes afirmou que a solicitação não tinha os documentos necessários, já que o suposto convite para a posse foi enviado por um "endereço não identificado" e "sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado".
Os advogados do ex-presidente afirmaram que o convite para a posse foi o próprio e-mail enviado enviado para o deputado Eduardo Bolsonaro em 8 de janeiro de 2025, com o domínio "t47inaugural.com". A defesa argumentou que a autenticidade do convite foi confirmada pelo fato de que o endereço e domínio estão presentes no site oficial do comitê de posse de Trump, em pelo menos quatro ocasiões.
Os advogados de Bolsonaro destacaram que a exigência de Moraes havia sido atendida e que a mensagem foi acompanhada da respectiva tradução juramentada. Em um post na rede social X (antig Twitter), o ex-presidente expressou sua "grande honra" por ter recebido o convite e reiterou que havia solicitado a liberação de seu passaporte ao STF, um pedido que já foi negado em outras ocasiões pela Corte. Bolsonaro também enfatizou a importância do evento, classificando a posse de Trump como um "importante evento histórico".
Fonte: Brasil 247