Política

SUBSTITUIÇÃO

Márcia Lopes é nomeada ministra das Mulheres e inicia trabalho já nesta terça-feira (6)

Ex-ministra do Desenvolvimento Social substitui Cida Gonçalves, afastada após denúncias de assédio moral e sexual no ministério

Da Redação com informações do Brasil 247

Segunda - 05/05/2025 às 11:57



Foto: Pedro Ladeira/Folhapress Márcia Lopes assume o Ministério das Mulheres e promete iniciar sua gestão já nesta terça-feira (6)
Márcia Lopes assume o Ministério das Mulheres e promete iniciar sua gestão já nesta terça-feira (6)

A assistente social e ex-ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, irá assumir nesta segunda-feira (5) o comando do Ministério das Mulheres, substituindo Cida Gonçalves. A nomeação ocorre em meio a denúncias de assédio moral e sexual envolvendo a gestão anterior.

Em entrevista, Márcia afirmou que deverá assinar o termo de posse ainda nesta segunda e que, já na terça-feira (6), dará início à sua gestão, afirmando que sua prioridade será “começar a luta” pela promoção da igualdade de gênero e direitos das mulheres. Ela se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda nesta tarde para formalizar sua nomeação para a pasta.

Márcia Lopes possui uma longa trajetória no campo da assistência social e é uma figura histórica dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Natural do Paraná, é graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também atuou como professora. Além disso, possui mestrado na área pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Sua atuação na política começou como vereadora em Londrina e, posteriormente, como secretária municipal de Assistência Social.

Entre 2004 e 2008, ocupou o cargo de secretária-executiva e secretária nacional de Assistência Social no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Em 2010, foi nomeada ministra da pasta, onde permaneceu até o fim do segundo mandato de Lula, consolidando-se como referência em políticas públicas para populações em situação de vulnerabilidade social.

A nova ministra também é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete do presidente Lula e figura chave dentro do PT. Em 2022, integrou a equipe de transição do atual governo, o que a posicionou como uma das opções naturais para comandar o Ministério das Mulheres.

A futura ministra enfatizou a importância do trabalho em equipe e da construção de alianças com movimentos sociais e organizações que atuam na defesa dos direitos das mulheres.

Saida de Cida Gonçalves

Cida Gonçalves se reuniu com Lula na sexta-feira (2), ocasião em que teria sido comunicada de sua saída, já dada como certa nos bastidores. Além de críticas à sua gestão, a pasta comandada por Cida é alvo de denúncias de assédio moral e sexual por parte de funcionários do ministério.

O Ministério das Mulheres foi denunciado 39 vezes por assédios moral e sexual entre 1º de janeiro de 2024 e 1º de maio de 2025. Do total de denúncias, feitas de forma anônima por meio do canal Resolveu, da Controladoria-Geral da União (CGU), 23 referem-se a assédio moral e 16 a assédio sexual.

A Comissão de Ética da Presidência da República arquivou, em fevereiro, as denúncias contra o Ministério das Mulheres por falta de provas concretas. No entanto, o episódio gerou desgaste para a gestão de Cida Gonçalves, contribuindo para sua substituição.

Fonte: Brasil 247

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