Política

SEQUESTRO

Junto com Mauro Cid, militar armou campana para sequestrar Moraes

PF investiga militares e revela tentativa de sequestro

Da redação

Quarta - 20/11/2024 às 12:08



Foto: Reprodução O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes

Em um relatório divulgado pela Polícia Federal (PF), foi revelado que, no final de 2022, um B tentou sequestrar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em Brasília. O militar, identificado pelo codinome “Gana”, dirigiu-se à quadra onde está localizada a residência funcional do ministro com essa intenção.

O episódio faz parte de uma operação clandestina que contou com a participação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta terça-feira (19), a PF prendeu vários militares envolvidos em um plano para assassinar Moraes, além do presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo a investigação, seis militares do Exército estavam envolvidos no planejamento do sequestro e assassinato de Moraes, adotando nomes de países para evitar identificação. As mensagens obtidas pela PF indicam que o grupo se organizou para realizar a ação no dia 15 de dezembro de 2022. 

"Conforme exposto, de acordo com as mensagens analisadas, Gana estava inicialmente no final do bairro Asa Sul. Em uma das mensagens ele diz: ‘Andei a Asa Sul inteira’”, aponta o relatório da PF. A investigação confirmou que a residência funcional de Moraes estava localizada na região indicada. O documento também revela que a presença de Gana nas imediações da casa do ministro reforça a intenção de sequestrá-lo.

Para verificar a movimentação de Gana, a PF comparou o tempo de deslocamento até a residência de Moraes com as localizações registradas após o abortamento da missão. A operação, no entanto, foi cancelada devido a uma mudança na agenda do STF. “Considerando que a ordem para abortar a missão foi dada às 20h59min”, afirma o relatório, destacando que os horários das mensagens indicam que Gana estava nas imediações da casa de Moraes.

Outro detalhe foi a tentativa de Gana de pegar um táxi, o que levantou suspeitas sobre o uso de um meio de transporte sem registros de localização. “Tal fato explica o motivo de não ter utilizado o serviço de aplicativos de viagem (por exemplo, Uber), que deixaria registrado o local de embarque”, explica o documento.

Gana foi resgatado posteriormente no shopping Pátio Brasil, onde também foi identificado o tenente-coronel Rafael de Oliveira, preso na terça-feira (19). Dados de conexão do celular de Rafael indicam que ele também esteve nas proximidades da residência de Moraes, cerca de um mês antes do cancelamento da missão.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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