
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Viera, convocou o encarregado de negócio da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, após declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que criticou o sistema judiciário brasileiro. A embaixada, atualmente sem a nomeação de um representante, é comandada pelo encarregado de negócios, autoridade que agora será formalmente questionada pelo governo brasileiro. A nota publicada pelo governo americano critica as investigações ao golpe de 8 janeiro em um processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Em suas redes sociais, o presidente americano Trump diz haver uma "perseguição política" contra Bolsonaro, sua família e apoiadores e que o ex presidente tem sido forte parceiro dos Estados Unidos. O presidente americano comparou como uma ''caça as bruxas'', o processo de investigação contra Bolsonaro. A trama golpista teve a participação de apoiadores do ex-presidente, que depredaram e atacaram a sede dos três poderes. A resposta do governo brasileiro a fala de Trump veio por meio de nota oficial, na qual o Itamaraty reforça que a defesa da democracia é responsabilidade exclusiva dos brasileiros. “Somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei, sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado Democrático de Direito”, afirma o texto.
O presidente Lula voltou a falar sobre o assunto essa semana durante a realização do BRICS no Rio de Janeiro, questionado por jornalistas sobre o assunto ele respondeu de forma direta. "A defesa da democracia no Brasil é uma responsabilidade dos brasileiros. Somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes'', disse.
Fonte: Brasil247