Política

PABLO MARAÇAL

Candidatura de Pablo Marçal enfrenta polêmicas por supostas ligações ao PCC

Informações divulgadas pela Folha colocaram campanha de Marçal sob intenso escrutínio

Da Redação

Terça - 27/08/2024 às 11:39



Foto: Divulgação Pablo Marçal diz que favelas são
Pablo Marçal diz que favelas são "campos de concentração"

Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal, candidato pelo PRTB, está lidando com uma série de controvérsias que envolvem seu círculo político e possíveis ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil. As informações, divulgadas pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (27), têm colocado a campanha de Marçal sob intenso escrutínio, enquanto ele concorre com Guilherme Boulos (Psol) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Recentemente, a Folha de S. Paulo publicou um áudio comprometedora atribuído a Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, presidente do PRTB e figura central na campanha de Marçal. Na gravação, Avalanche supostamente menciona ter conexões diretas com o PCC, incluindo a participação na soltura de André do Rap, um dos líderes do tráfico internacional vinculado à facção. André do Rap foi liberado após uma decisão controversa do Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente está foragido. "Eu sou o cara que soltou o André [do Rap]. Esse é o meu trabalho, entendeu? A próxima, agora, a gente vai botar um lugar acima dele", diz Avalanche no áudio.

Além disso, o portal Metrópoles revelou uma fotografia de Marçal ao lado de Valquito Soares da Silva, irmão de Francisco Antonio Cesário da Silva, conhecido como "Piauí", ex-líder do PCC na favela de Paraisópolis. A imagem gerou críticas e levantou questionamentos sobre possíveis associações do candidato.

Tabata Amaral, também candidata à prefeitura de São Paulo, divulgou vídeos de sua campanha fazendo críticas a Pablo Marçal e expondo sua relação com o PCC. 


A investigação sobre o círculo de Avalanche também trouxe à tona suspeitas envolvendo Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio César Pereira, conhecidos como "Gordão". Eles são investigados por supostamente trocar carros de luxo por cocaína em operações que beneficiariam o PCC, segundo O Estado de S. Paulo. Escobar chegou a assumir brevemente a presidência estadual do PRTB sob a gestão de Avalanche, enquanto Gordão participou de eventos do partido.

Outra figura relevante é Edílson Ricardo da Silva, ex-policial militar condenado por colaborar com o PCC, e que também foi associado ao grupo de Escobar e Gordão. O Metrópoles informou que Avalanche foi visto em um voo particular acompanhado por Escobar e Edilson, o que intensificou as suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas.

Em uma entrevista ao UOL, Marçal admitiu ser amigo do influenciador Renato Cariani, que enfrenta acusações de desvio de produtos químicos usados na produção de drogas como cocaína e crack. A Polícia Federal investiga se esses produtos estavam destinados à rede de distribuição do PCC.

Além das recentes controvérsias, Pablo Marçal também tem um histórico de condenação. Em 2010, ele foi sentenciado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás, embora a pena nunca tenha sido cumprida devido à prescrição do caso. Marçal foi acusado de integrar uma quadrilha de fraude bancária, que captava dados de vítimas através de spams.

Fonte: Brasil 247

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