Foto: Getty Images
Jair Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu durante um voo de Brasília a São Paulo que pediu ao empresário, Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, para "repassar ao máximo" uma mensagem questionando as urnas eletrônicas. A declaração foi feita em meio a uma viagem a São Paulo para realizar procedimentos médicos de rotina.
Bolsonaro justificou seu pedido, mencionando que sempre foi um defensor do voto impresso e que o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, havia comentado sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara em 2021, durante uma visita ao exterior.
A revelação da troca de mensagens entre Bolsonaro e Meyer Nigri foi feita pelo blog da Daniela Lima do portal G1. No texto atribuído ao ex-presidente, ele supostamente ordena que sejam disparadas notícias falsas (fake news) sobre as urnas eletrônicas. A resposta de Nigri foi: "Já repassei para vários grupos!".
Meyer Nigri é um dos oito empresários que foram alvos de mandados em relação a conversas em aplicativos de mensagens sobre um suposto golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu à Polícia Federal mais 60 dias para realizar diligências relacionadas a Nigri, justificando que há evidências de vínculo entre ele e o ex-presidente Bolsonaro, com a finalidade de disseminar notícias falsas prejudiciais à democracia e ao Estado Democrático de Direito.
No mesmo dia, Moraes decidiu pelo arquivamento da investigação contra seis empresários, mas manteve em aberto o caso de Nigri e do empresário Luciano Hang, dono da Havan. Sobre Luciano Hang, o ministro destacou a necessidade de extrair e analisar o material apreendido em seu celular devido à ausência de fornecimento das senhas pelo investigado.
A revelação dessas mensagens e a continuidade das investigações trazem à tona questões sobre a disseminação de informações falsas e seu impacto na democracia brasileira.
Fonte: Com informações do G1
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