Foto: Ricardo Stucker/PR
Luiz Inácio Lula da Silva
A Polícia Federal instaurou um inquérito policial, nesta sexta-feira (12), para apurar o caso da falsa filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a investigação tramita em sigilo na Diretoria de Crimes Cibernéticos.
A investigação teve início após pedido do TSE, que notou claros indícios de falsidade ideológica. A Corte tomou conhecimento da suposta filiação de Lula ao partido de Jair Bolsonaro em 15 de julho de 2023.
"Considerando a existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral, encaminhem-se os presentes autos ao diretor-geral da Polícia Federal", disse o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral- TSE.
Presidente do PL minimiza caso
Já se sabe que a filiação foi feita pelo login de Daniela Leite e Aguiar, advogada do PL. O TSE esclareceu que a alteração de qualquer filiação partidária só pode ser feita pelo próprio partido, "mediante um representante que acessa o sistema Filia com senha pessoal".
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, minimizou o caso, que chamou de bobagem. Ele negou que a advogada tenha cometido crime eleitoral.
O ex-deputado federal levantou a possibilidade da filiação de Lula ter sido feita por algum hacker, o que foi desmentido pelo TSE.
"O Filia funcionou normalmente, ou seja, não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação. O que ocorreu foi o uso de credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa", disse a área técnica do TSE.
Fonte: Folha SP
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