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Preso no Piauí suspeito de aplicar golpes de falsos empréstimos no Paraná

O esquema causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano; 40 pessoas foram presas

Da Redação

Quarta - 31/07/2024 às 09:42



Foto: Divulgação/PCPR Ao todo, 40 pessoas foram presas na operação
Ao todo, 40 pessoas foram presas na operação

Uma pessoa foi presa no Piauí, alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR), que prendeu 40 integrantes de organização criminosa especializada em golpes de falsos empréstimos. A ação, deflagrada nessa terça-feira (30), cumpriu mandados nas cidades de Curitiba e Araucária, no Paraná, e em cidades da Bahia, Piauí e Mato Grosso do Sul.

Das prisões, 38 foram efetuadas por mandado de prisão, e outras duas foram autuadas em flagrante por posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas, no Paraná. Duas pessoas foram presas na Bahia, uma no Piauí e outra no Mato Grosso do Sul.

O esquema causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano, atingindo vítimas em todo o país. Segundo as investigações, a organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, nos quais falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras. Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos. As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.

"Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas. Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda. Todo esse processo era feito de maneira tão convincente que muitas vítimas só percebiam o golpe após terem perdido quantias significativas", explicou o delegado Ricardo Casanova.

Em menos de um ano, o esquema causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões

Os depósitos eram feitos em contas de operadores financeiros, responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização. A organização utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo, para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.

Os investigados na Operação Fallen Fox responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O delegado Emmanoel David ofereceu orientações importantes para a população se proteger contra esse tipo de golpe.

"Recomendamos que os cidadãos estejam sempre alertas, especialmente quando se trata de ofertas de empréstimos online. Desconfie de taxas de juros muito abaixo do mercado e nunca faça pagamentos antecipados para liberação de crédito. É crucial verificar a autenticidade da instituição financeira, utilizando apenas os canais oficiais dos bancos para obter informações. Se suspeitar que está sendo vítima de um golpe, não hesite em registrar um boletim de ocorrência imediatamente", alertou o delegado.

Operação Fallen Fox

A operação deflagrada nessa terça é um desdobramento da Operação Downfall, deflagrada em 4 de maio de 2023 pela PCPR e pela Polícia Federal, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e interestadual de drogas. Durante as investigações daquela operação, a PCPR identificou o envolvimento de alguns membros da organização com golpes de falso empréstimo, o que motivou a deflagração da Operação Fallen Fox.

Na Operação Downfall, 28 pessoas foram presas e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito Estados. Um dos investigados teve apreendido cerca de R$ 900 mil em um de seus endereços, e em outro imóvel foi descoberta uma central telefônica usada para aplicar golpes de falsos empréstimos. O suspeito comandava um esquema com falsos atendentes que se passavam por funcionários de uma instituição bancária, oferecendo empréstimos a taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.

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