Polícia

INVESTIGAÇÃO

Mulheres presas por integrar facção no Piauí usavam redes socias para orquestrar crimes

Informações foram repassadas pelo delegado Charles Pessoa, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na manhã desta quinta-feira (26)

Da Redação

Quinta - 26/06/2025 às 10:00



Foto: Portal Nacional dos Delegados Delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco
Delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco

As 12 mulheres presas durante a Operação Pacto Pela Ordem, deflagrada nesta quinta-feira (26) pela Polícia Civil do Piauí, usavam grupos de WhatsApp e redes sociais para planejar e coordenar ações criminosas. Segundo o delegado Charles Pessoa, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), as suspeitas integravam um núcleo feminino estruturado dentro de uma facção criminosa atuante no estado.

Durante as investigações, que se estenderam por cerca de dois anos, a polícia identificou que as mulheres compartilhavam códigos de conduta rígidos, conhecidos como o estatuto da facção, que servia como manual de regras e punições internas, incluindo penas severas como morte para quem desrespeitasse ordens ou abandonasse o grupo. Esses documentos circulavam entre elas pelos aplicativos de mensagens, juntamente com relatórios táticos, orientações para execuções e diretrizes do chamado “tribunal do crime”.

“Essas mulheres interagiam entre si por redes sociais e aplicativos de mensageria. Compartilhavam o estatuto da facção, um conjunto de regras extremamente rígidas, que inclusive orientam atos do tribunal do crime. Já nos deparamos com execuções determinadas por esse código, com vítimas mulheres, homens e até menores de idade”, afirmou o delegado.

A operação, que teve apoio da Polícia Militar e da inteligência da Secretaria de Segurança Pública, cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, em bairros de Teresina e também na cidade de Oeiras. A atuação das investigadas incluía vigilância armada, transmissão de ordens, organização de ações e disseminação de informações internas da facção, como parte de uma estrutura piramidal com funções bem definidas.

“Essa facção é covarde. Traz prejuízo para os próprios membros, suas famílias e para a sociedade como um todo. Nossa intenção com operações como essa é desestimular essas práticas e combater o crime com inteligência e estratégia”, completou Charles Pessoa.

Desde 2023, a Draco já coordenou mais de 220 operações contra o crime organizado no estado. A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo WhatsApp: (86) 9 9644-0647.

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