O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), decidiu manter presa a empresária Francisca Danielly Mesquita Medeiros, acusada de manter a afilhada em cárcere privado e em situação análoga à escravidão por 15 anos em Teresina.
A defesa de Francisca Danielly entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado pela justiça nessa quinta-feira (25). A defesa solicitou a prisão domiciliar, alegando que a empresária tem dois filhos pequenos, sendo que um deles é autista.
Danielly foi presa na terça-feira (23) após investigação da Polícia Civil em decorrência de uma denúncia de que ela mantinha uma jovem de 27 anos em cárcere privado e em situação análoga à escravidão. A polícia foi até a residência da suspeita, no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina, e realizou a prisão temporária dela. Além disso, a jovem foi resgatada e reencontrou a mãe que não via há 15 anos.
A empresária deve ter a prisão convertida para preventiva. Ela deve responder ainda na Justiça do Trabalho.
Francisca Danielly Mesquita Medeiros é servidora pública e já foi candidata a deputada federal no Piauí nas eleições de 2018. Danielly tem 38 anos, e é fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Danielly é prima da mãe da vítima. Antes de vir para Teresina, a jovem morava com a família em Chapadinha (MA) e foi entregue para Danielly quando tinha apenas 12 anos. Desde então, a jovem não via a família. O reencontro com a mãe dela ocorreu após o resgate.
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