Polícia

GRILAGEM

Dono e gerente da Fazenda Mundo Novo são presos por grilagem de terras no sul do Piauí

As prisões foram realizadas em Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR)

Dhara Leandro

Sexta - 23/05/2025 às 14:00



Foto: Divulgação/SSP-PI Gerente e proprietário da Fazenda Mundo Novo são presos por grilagem de terras do estado
Gerente e proprietário da Fazenda Mundo Novo são presos por grilagem de terras do estado

Dois homens foram presos nessa semana, suspeitos de grilagem de terras no sul do Piauí. Os presos foram identificados como J.M.D. e R.M., respectivamente gerente e proprietário da Fazenda Mundo Novo, que fica localizada entre os municípios piauienses de Manoel Emídio e Alvorada do Gurguéia.

As prisões foram realizadas na quarta-feira (21), em Rondonópolis (MT), e nesta sexta-feira (23), em Cascavel (PR), com o cumprimento de mandados de prisão temporária contra os dois suspeitos. A ação foi realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), com o apoio da Superintendência de Operações Integradas (SOI), das Polícias Civis do Piauí, Paraná e Mato Grosso, e da Polícia Militar do Mato Grosso.

As investigações tiveram início em 2024, após denúncia recebida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) sobre a prática de crimes ambientais e de grilagem na região. 

Uma auditoria do Instituto de Terras do Piauí (Interpi) confirmou que 1.432 hectares de terras públicas estavam sendo desmatados ilegalmente, sendo 333 hectares de Mata Atlântica, área de preservação permanente.

Em uma primeira ação, a Polícia Civil prendeu dois tratoristas em flagrante, encontrados desmatando a área. "Em depoimento, os dois trabalhadores afirmaram que haviam sido contratados pelo gerente da fazenda para realizar o desmatamento, mas negaram ter conhecimento de que estavam atuando em terras públicas", explicou o delegado Willame Moraes, responsável pela investigação. 

"Recebemos diversas denúncias sobre o caso. Além da grilagem, há indícios de prática de crimes como ameaça, porte ilegal de armas e incêndio criminoso. O esquema envolve a falsificação de documentos, mediante corrupção de servidores públicos, para regularizar as terras e revendê-las com altos lucros. Mas essas terras pertencem ao estado", ressaltou o delegado.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, desmatamento ilegal de floresta, invasão de terras públicas (grilagem), destruição e danificação de floresta protegida e Mata Atlântica.

Os presos foram encaminhados para prestar depoimento e permanecem à disposição do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí para os procedimentos legais cabíveis.

Fonte: SSP-PI

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