Polícia

FALSIFICAÇÃO

Criminosos usavam "idosos de aluguel" para fraudar benefícios do INSS no Piauí

Os "idosos de aluguel" emprestavam suas características biométricas para a organização falsificar documentos, abrir contas bancárias e obter benefícios do Governo

Dhara Leandro

Quinta - 06/02/2025 às 09:57



Foto: Divulgação/PF No total, calcula-se que as fraudes causaram prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos
No total, calcula-se que as fraudes causaram prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), a segunda fase da Operação Melhor Idade, que investiga um amplo esquema de fraudes envolvendo benefícios assistenciais destinados a idosos. A organização criminosa alvo da operação atuava em diferentes níveis, falsificando documentos públicos, abrindo contas bancárias, e obtendo benefícios de forma indevida, além de realizar empréstimos consignados utilizando dados de "idosos de aluguel".

A ação foi realizada em conjunto com o Núcleo de Inteligência Previdenciária e cumpre 16 mandados de busca e apreensão, um de prisão e 6 medidas cautelares contra investigados dos estados do Piauí, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

Os "idosos de aluguel" emprestavam suas características biométricas (impressões digitais e fotos) para dar aparência de legitimidade a essas identidades falsas. Alguns chegaram a figurar em mais de 30 identidades.

Até o momento a PF identificou 21 "idosos de aluguel", que tiraram cerca de 285 CPFs e Títulos Eleitorais com as identidades falsas. Com estes documentos falsos, o grupo criminoso conseguiu abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e obter aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso, que paga um salário mínimo por mês.

Além disso, usando a margem consignável deste benefício, os fraudadores solicitaram diversos empréstimos consignados.

No total, calcula-se que as fraudes causaram prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos. Segundo a PF, a ação evitou o prejuízo de R$ 35 milhões, considerando os valores que seriam pagos caso o esquema não fosse interrompido.

Fonte: PF

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia:

<