A vereadora Tatiana Medeiros, presa sob acusação de crime eleitoral, iniciou nesta segunda-feira (24) a audiência de instrução no Fórum Eleitoral, em Teresina, que começou por volta das 9h30 e 12 testemunhas de acusação do Ministério Público Estadual serão ouvidas hoje. A audiência se estenderá até sexta-feira (28), com a previsão de ouvir mais de 100 pessoas, sendo considerada a mais longa da Justiça Eleitoral.
O primeiro a prestar depoimento foi o delegado da Polícia Federal, Daniel Araújo Alves, que presidiu o inquérito contra a vereadora. Seu depoimento foi extenso, durando mais de quatro horas (das 9h30 às 14h), e foi marcado por questionamentos dos promotores e dos advogados da defesa. Por volta das 14h30, teve início a oitiva da delegada Adília Klein.
O advogado da vereadora, Edson Araújo antecipou que a principal tese de defesa é a nulidade das provas coletadas no inquérito. A defesa argumenta que a investigação policial se baseou em um Relatório de Inteligência Financeira (RIF/Coaf) obtido na fase de pré-inquérito sem a devida ordem judicial.
"A tendência é que se reforce isso da nulidade das provas. Já foi julgado no Tribunal de Justiça, mas a defesa insiste nisso, porque obviamente há aprovação do STF. A captação das provas foi feita sem autorização judicial e mais do que isso, sem uma formalização de instrumento investigativo," disse o advogado.