Na segunda-feira, Donald Trump sofreu uma derrota em sua tentativa de anular a condenação criminal relacionada ao pagamento de suborno a uma atriz de filmes adultos. O juiz Juan Merchan rejeitou a moção de Trump para descartar o processo movido em Nova York, alinhando-se à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que reconheceu a imunidade presidencial sobre atos oficiais.
Com essa decisão, a chance de Trump assumir a presidência em janeiro sem uma condenação criminal foi comprometida. Seus advogados, no entanto, continuam buscando anular o veredicto por outros motivos.
O juiz Merchan, em uma decisão de 41 páginas, apoiou o escritório do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, que apresentou o caso. Os promotores afirmaram que a ação envolve a conduta pessoal de Trump, e não suas ações como presidente. Merchan argumentou que a acusação de falsificação de registros comerciais não interferia nas funções do poder executivo.
Trump reagiu por meio de seu porta-voz, Steven Cheung, chamando a decisão de uma violação direta da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.
O caso remonta a um pagamento de US$ 130.000 feito pelo ex-advogado de Trump, Michael Cohen, à atriz Stormy Daniels em 2016, para que ela permanecesse em silêncio sobre um encontro sexual com Trump, que ele nega. Em maio, um júri de Manhattan considerou Trump culpado de 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir esse pagamento. Essa foi a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos enfrentou uma acusação criminal.
Trump se declarou inocente, afirmando que o caso é uma tentativa do promotor Alvin Bragg, um democrata, de prejudicar sua candidatura em 2024.
Fonte: Brasil247