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Tensões diplomáticas entre Venezuela e Espanha aumentam após exílio de opositor

A crise se intensifica com a convocação de diplomatas e críticas do governo espanhol ao regime de Maduro

Da Redação

Sexta - 13/09/2024 às 10:49



Foto: Palácio da Moncloa/Divulgação via REUTERS Pedro Sánchez e Edmundo González em Madri 12/9/2024
Pedro Sánchez e Edmundo González em Madri 12/9/2024

As relações entre Venezuela e Espanha estão tensas após o exílio de Edmundo González Urrutia em Madri. Em resposta ao agravamento da situação, o chanceler venezuelano Yván Gil convocou a embaixadora venezuelana em Madri, Gladys Gutiérrez, para consultas e agendou uma reunião com o embaixador espanhol em Caracas, Ramón Santos, nesta sexta-feira (13), conforme noticiado pelo El País.

O aumento das tensões veio após a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, chamar o governo de Nicolás Maduro de “ditadura” e fazer comentários sobre o exílio de milhões de venezuelanos. Gil considerou essas declarações como “insolentes e injerencistas”, e advertiu que podem agravar ainda mais as relações bilaterais.

O conflito se intensificou depois que o presidente espanhol Pedro Sánchez recebeu González Urrutia em Moncloa e o Congresso espanhol aprovou uma moção para reconhecer González Urrutia como o presidente legítimo da Venezuela. A moção ocorre em meio a alegações de fraude nas eleições venezuelanas de 28 de julho, que resultaram na reeleição de Maduro.

As críticas de Robles, feitas em um evento em Madri, compararam a situação na Venezuela a regimes totalitários, provocando reações do público. Esta foi a primeira vez que um membro do governo espanhol se referiu ao regime de Maduro como ditadura, marcando uma mudança significativa na postura diplomática da Espanha.

A Venezuela respondeu com uma possível ruptura total das relações, incluindo a suspensão de voos e a expulsão de diplomatas, segundo Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional e aliado de Maduro. Apesar da retórica acirrada, as relações diplomáticas e comerciais ainda não foram rompidas.

O ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, pediu moderação e enfatizou a importância de manter as relações comerciais, destacando a presença de cerca de 60 empresas espanholas na Venezuela e os mais de 136 mil cidadãos espanhóis vivendo no país. “Precisamos proteger nossos interesses e garantir a continuidade das relações comerciais”, afirmou Cuerpo.

Fonte: Brasil 247

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