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RENDIÇÃO NEGADA

​Khamenei desafia Trump e recusa rendição: “intervenção dos EUA trará danos irreparáveis”

Aiatolá reagiu a exigência de Trump em meio a ataques israelenses a Teerã e fuga em massa da população

Da Redação com informações do Brasil 247

Quarta - 18/06/2025 às 11:54



Foto: Reprodução/Redes sociais Líder supremo do Irã rejeita apelo de Trump por rendição
Líder supremo do Irã rejeita apelo de Trump por rendição

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rejeitou publicamente, nesta quarta-feira (18), o apelo feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por uma rendição incondicional de Teerã. A resposta do aiatolá veio em meio à escalada da ofensiva militar de Israel, que realizou ataques aéreos contra alvos estratégicos na capital iraniana, provocando o êxodo de milhares de civis para fora da cidade.

Khamenei, de 86 anos, apareceu pela primeira vez desde a última sexta-feira em um pronunciamento transmitido pela televisão estatal. Em tom firme, ele alertou os norte-americanos: “Devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada de danos irreparáveis”.

O pronunciamento veio após publicações de Trump nas redes sociais, na terça-feira (17), em que o ex-presidente refletiu sobre a possibilidade de ordenar a morte do aiatolá e exigiu “RENDIÇÃO INCONDICIONAL!” do Irã. Segundo uma fonte próxima às discussões em Washington, Trump e seus aliados consideram apoiar diretamente Israel com ataques contra instalações nucleares iranianas.

Pessoas inteligentes que conhecem o Irã, a nação iraniana e sua história nunca falarão com essa nação em linguagem ameaçadora, porque a nação iraniana não se renderá.

Na madrugada desta quarta, as Forças Armadas de Israel confirmaram que 50 aviões de guerra realizaram bombardeios contra cerca de 20 alvos em Teerã. Entre os pontos atingidos estavam fábricas e depósitos de materiais e componentes ligados à produção de mísseis. Os militares israelenses também emitiram alertas à população iraniana para que deixassem algumas regiões da capital por questões de segurança.

A ofensiva resultou em congestionamentos nas principais vias de saída da capital, onde vivem cerca de 10 milhões de pessoas. A comerciante Arezou, de 31 anos, relatou por telefone à Reuters que conseguiu se refugiar em Lavasan, cidade turística próxima a Teerã.

“Ficaremos aqui enquanto essa guerra continuar. A casa da minha amiga em Teerã foi atacada e seu irmão ficou ferido. Eles são civis”, contou. “Por que estamos pagando o preço pela decisão do regime de buscar um programa nuclear?”

Fora do conflito

Do outro lado do conflito, em Israel, sirenes de alerta foram acionadas em várias cidades, sinalizando possíveis retaliações do Irã. Em Ramat Gan, na região metropolitana de Tel Aviv, centenas de moradores passaram a noite em estações de trem adaptadas como abrigos.

“Estou assustada, sobrecarregada. Especialmente porque moro em uma área densamente povoada que parece ser o alvo do Irã e nossa cidade tem prédios muito antigos, sem abrigos e espaços seguros”, relatou Tamar Weiss, que segurava sua filha de quatro meses.

A tensão crescente no Oriente Médio preocupa líderes internacionais. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que o mundo está “a milímetros de uma catástrofe” devido aos bombardeios sobre instalações nucleares iranianas. Já o governo alemão fez um apelo direto a Teerã.

“O Irã precisa fornecer garantias confiáveis de que não busca armas nucleares e demonstrar disposição para uma solução negociada”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Alemanha.

Fonte: Brasil 247

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