Pela primeira vez, as uniões consensuais superaram os casamentos formais no Piauí. É o que revelam os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE. Esse novo perfil conjugal marca uma significativa mudança de comportamento em comparação com 2010, quando a união com dupla formalidade, casamento civil e religioso simultaneamente, representava 31,11% do total. Em 2022, essa modalidade caiu para 25,6%, uma redução de 5,51 pontos percentuais.
Os casamentos exclusivamente civis também registraram leve queda, passando de 21,79% para 21,39% no período. Já as uniões puramente religiosas, embora tenham caído de 16,48% para 13,56%, mantiveram o Piauí na liderança nacional desse tipo de formalização, seguido por Amapá (6,67%) e Ceará (6,66%). Em contrapartida, os estados do Espírito Santo (0,82%), São Paulo (0,97%) e Rio de Janeiro (1,01%) apresentaram as menores proporções de casamento somente religioso.
Panorama municipal: onde as uniões consensuais são mais e menos comuns
A variação entre os municípios piauienses é significativa. Porto Alegre do Piauí se destacou com a maior proporção de uniões consensuais: 61,95% da população com 10 anos ou mais, um percentual 22,5 pontos acima da média estadual, que é de 39,45%. São Gonçalo do Gurguéia (58,04%) e Caxingó (57,78%) aparecem em seguida.
No extremo oposto, Bela Vista do Piauí registrou a menor proporção desse tipo de união, com apenas 15,13% de sua população – 24,32 pontos percentuais abaixo da média do estado. São Lourenço do Piauí (15,60%) e Floresta do Piauí (16,99%) também se caracterizam pela baixa adesão a essa modalidade de união.
Fonte: IBGE-PI