A Universidade Federal do Piauí (UFPI) acaba de anunciar a criação do curso de Licenciatura em Artes e Mediação Cultural, uma iniciativa vinculada ao programa do Ministério da Educação para inovação na formação de professores (PRILEI). O início está previsto para começar no primeiro semestre de 2026.
Segundo a coordenadora institucional do programa, Keylla Rejane Almeida Melo, o curso será oferecido na modalidade presencial, seguindo a Pedagogia da Alternância, que combina períodos de formação intensiva na universidade com atividades práticas realizadas nas comunidades de origem dos estudantes. “Essa dinâmica permite que os alunos desenvolvam projetos de intervenção em seus territórios, promovendo uma formação crítica e comprometida com a realidade local”, explica.
Ela ressalta que a proposta pedagógica é interdisciplinar, integrando saberes humanísticos, científicos, éticos e artísticos. O objetivo é formar docentes para atuar nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, capacitados a promover práticas educativas que dialoguem com a diversidade cultural brasileira.
Destinado a egressos do ENEM com bom desempenho, o curso também contempla professores da rede pública sem formação superior, especialmente aqueles que atuam no Ensino Fundamental, Médio e na Educação de Jovens e Adultos. Os selecionados pelo ENEM deverão cumprir um ano de residência docente em escolas públicas, com direito à bolsa de estudos.
O curso terá carga horária de 3.335 horas, duração de oito semestres, em regime integral e com 40 vagas disponíveis. A seleção dos professores será feita por edital próprio, priorizando servidores efetivos da UFPI com atuação em ensino, pesquisa e extensão.
Keylla destaca que o curso tem como objetivo a valorização das artes e da cultura como ferramentas de transformação social. “A nova licenciatura reafirma o compromisso da universidade com a formação de educadores sensíveis às expressões culturais e às necessidades sociais do país, representando um passo importante rumo à democratização do ensino superior e à valorização da arte como linguagem de transformação”.
Siga nas redes sociais
