
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI), Antônio Cardoso, comentou a proposta acertada com os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, na tarde dessa quarta-feira (14) para encerrar greve que foi deflagrada na segunda-feira (12).
Segundo ele, a proposta acertada "não era o ideal que a categoria queria e que o Sintetro almejava", mas diante da greve ser considerada ilegal pela Justiça e pela ameaça de contratação de trabalhadores temporários, aceitar a proposta do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) foi a melhor decisão.
"Também estávamos com medo de perder o poder de negociação, onde quem decidiria era a Justiça. E aí a gente sabe que nesse caso é o dissídio coletivo e só é dado o que a Justiça entender que é válido. E para nós não é bom", afirmou.
"Então a gente teve um ganho real, não o ideal, mas o que deu para se conseguir diante de todas as dificuldades. E conseguimemos um ganho real também no ticket de alimentação e no auxílio de saúde. Então dessa forma pôs-se fim à greve e agora tudo volta ao normal", disse.
Inicialmente, os trabalhadores reivindicavam um reajuste salarial linear de 15% para todos os setores da categoria, um ticket alimentação no valor de R$ 900, e R$ 150 de auxílio saúde para todos os trabalhadores.
Em assembleia realizada na terça-feira (13), os manifestantes decidiram reduzir a proposta apresentada ao Setut e passaram a pedir um reajuste salarial de 13%, além de R$ 850 de ticket alimentação e R$ 130 de auxílio-saúde.
No final, a proposta acertada na mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), foi: 6% de reajuste, R$ 650 de ticket de alimentação, R$ 125 de auxílio de saúde.