O professor Glaydson Souza Freire, da rede estadual de Educação, foi demitido acusado de assedio sexual depois de oferecer dinheiro para uma aluna sair com ele. A demissão dele consta numa portaria publicada no Diário Oficial do Estado, na edição dessa quinta-feira (03).
De acordo com o documento, o professor passou por um processo administrativo disciplinar para que fosse apurado a conduta dele. O processo foi instaurado pela Controladoria Geral do Estado no mês de outubro do ano 2020, época em que o caso foi denunciado.
As denúncias foram feitas por familiares e alunos. Segundo o relatório, a primeira denúncia partiu dos pais de uma aluna, que informaram à direção da Unidade Escolar Auristela Soares Lima que o professor ofereceu dinheiro para que ela fosse a um encontro com ele. Também foi informado que ele teria tentado tocar a aluna de forma inadequada.
A mãe de outra aluna também relatou ter encontrado mensagens no celular da filha e viu que o professor a convidava para "dar uma volta" fora do horário da aula. Durante o processo, alunas do 6° ano do escola foram ouvidas através de escuta especializada e afirmaram que o professor havia tentado beijá-las e as abordado fora do ambiente escolar.
Uma das testemunhas disse que uma de suas alunas a procurou para conversar e disse que estava sofrendo assédio por parte de Glaydson, que usava palavras de conotação sexual para falar com ela. Outra aluna confirmou em oitiva que o professor a constrangia com palavras.
Segundo a portaria, Gladyston foi demitido dos quadros da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) por descumprimento dos deveres funcionais e pela prática de proibições e condutas da Lei Complementar 13 de 03 de janeiro de 1994, que dispõe do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí. O documento assinado pelo governador Rafael Fonteles.
O professor lecionava na Unidade Escolar Auristela Soares Lima, no bairro Esplanada, e no Centro Estadual de Tempo Integral Solange Viana, no Promorar, ambas na zona Sul de Teresina.
Além da demissão, o relatório do processo administrativo foi enviado para a Secretaria de Segurança Pública para que Glaydston também seja investigado na esfera criminal