Como tudo que envolve o cantor, o processo foi letárgico e detalhista. Ao todo, mais de 4 mil fotos foram pré-selecionadas, e o processo durou cerca de quatro anos. “Aprendi que há o nosso tempo e o tempo de Roberto Carlos, que é bem diferente”, contou Carlos Ribeiro, editor e diretor do projeto.
As peculiaridades que envolvem o artista, segundo Ribeiro, não impuseram qualquer dificuldade no desenvolvimento do trabalho. Mesmo na escolha do material. “Não houve censura. Ele se mostrou flexível e aberto ao diálogo. Claro, ele preferia uma ou outra foto, mas sempre tinha a preocupação de justificar, de conversar sobre as opções, o que facilitou muito”, elogiou o editor.
Após tantos encontros, Ribeiro começou a esboçar uma nova imagem do artista que ele admirava somente de longe. “Minha maior satisfação foi vê-lo fora dessa áurea monárquica, imperial. Foi uma aula de simplicidade. Embora perfeccionista, isso nada interfere na maneira com a qual ele se dirige aos outros. Pelo contrário. Sempre muito carinhoso”, ressaltou.
Autobiografia
O lançamento atual, de forma alguma, compromete a produção da aguardada autobiografia. Durante a coletiva, Roberto voltou a afirmar que o projeto de contar a própria história segue em andamento. “Já escrevi até os meus 25 anos. Faltam mais dois terços. Ninguém vai contar a minha trajetória melhor do que eu. Muita gente pensa que vou esconder alguma coisa, mas vou escrever tudo”, garantiu.
Fonte: agencias