
Em um estudo divulgado na revista especializada Nature Geoscience, os pesquisadores, da Universidade de Berkeley, relatam que Phobos se aproxima de Marte e estimam que a lua será destruída em 20 a 40 milhões de anos.
Phobos é um acumulado de de escombros que ficam unidos devido a uma capa externa de material mais sólido
Nasa
Phobos orbita a apenas 6 mil quilômetros acima da superfície de Marte, é a lua mais próxima de um planeta em todo o Sistema Solar. A Lua fica a 400 mil quilômetros da Terra, por exemplo.
A gravidade do planeta está atraindo a lua, que avança cerca de dois metros a cada cem anos, segundo a Nasa, a agência espacial americana.
Black e Mittal fizeram uma estimativa da coesão de Phobos e concluíram que ela é insuficiente para resistir às forças gravitacionais do planeta.
Barra de cereais
Os cientistas afirmam que Phobos é uma lua com muitas fraturas e despedaçá-la pode ser comparado ao que acontece quando uma pessoa tenta partir uma barra de cereais: pedaços e migalhas se espalham para todos os lados.
E os destroços resultantes da desintegração de Phobos - rochas de vários tamanhos e muita poeira - continuariam orbitando Marte e se distribuir rapidamente em volta do planeta formando um anel.
Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso
Nasa
Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso
Os pesquisadores preveem que os pedaços maiores cairão no planeta em algum momento, mas a maioria dos destroços circulará Marte durante milhões de anos até que estes pedaços também caiam.
Já a outra lua de Marte, Deimos (que tem cerca da metade do tamanho de Phobos), permanecerá em uma órbita mais distante. O modelo criado por Black e Mittal mostra também que, uma vez iniciado o processo, ele será rápido: o anel deve ser formar em um prazo de seis semanas.
"Se você estivesse parado na superfície de Marte, poderia se sentar em uma cadeira e ver como Phobos se desintegra para formar um grande anel", disse Black.
Os cientistas afirmam no entanto que serão necessárias mais missões espaciais a Phobos para confirmar se o modelo de previsões que eles criaram para a lua de Marte está correto.
Black e Mittal, do Departamento de Ciências da Terra e Planetária da Universidade de Berkeley, ficaram intrigados com o comportamento atípico de Phobos, de uma lua que se move na direção do planeta em volta do qual orbita. A Lua, por exemplo, se distancia da Terra a cada ano.
O que se sabe é que apenas um outra lua no Sistema Solar, a maior lua de Netuno, Tritão, está se movendo para perto do planeta.
Fonte: ig