O Piauí possui a maior desigualdade de renda do Brasil, segundo dados do IBGE. A renda média dos 10% mais ricos do estado, cerca de 133 mil pessoas, é de R$ 9.628 por mês. Esse valor é 15,8 vezes maior do que a renda média dos 40% mais pobres, um grupo de mais de 523 mil piauienses que vive com R$ 608 mensais.
Para dimensionar o poder de compra dessa parcela da população, o valor de R$ 608 é inferior ao custo de uma cesta básica na capital Teresina, estimado em R$ 677. Esse abismo social ocorre em um estado que, ao mesmo tempo, registrou sua menor taxa histórica de pobreza, que ainda atinge 37,3% dos habitantes.
De acordo com os parâmetros do Banco Mundial adotados pelo IBGE, é considerada em situação de pobreza a pessoa com rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 694 mensais, valor ajustado pela Paridade do Poder de Compra (PPC). A linha de extrema pobreza é definida por uma renda inferior a R$ 218 por mês.
A razão entre rendimentos observada no Piauí (15,8 vezes) foi maior que a observada para a região Nordeste (13,1 vezes) e também para o Brasil (11,5 vezes). As maiores razões de rendimento entre os estados ficaram com: Piauí (15,8 vezes), Distrito Federal (15,2 vezes), Sergipe (14,6 vezes) e Pernambuco (14,2 vezes). As menores razões de rendimento ficaram com Santa Catarina (8,0 vezes), Minas Gerais (8,5 vezes), Mato Grosso (8,5 vezes) e Rondônia (8,6 vezes).
Fonte: IBGE-PI