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Pesquisa do IBGE aponta que no Piauí 42 mil pessoas se declaram homossexuais ou bissexuais

O resultado é da pesquisa Quesito Orientação Sexual da Pesquisa Nacional de Saúde

Quarta - 25/05/2022 às 18:54



Foto: Bandeira
Bandeira

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quarta-feira (25), o resultado é da pesquisa Quesito Orientação Sexual da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Segundo os resultados divulgados, cerca de 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, no país, em 2019, o que correspondia a 1,8% da população adulta, maior de 18 anos. 

Já 1,7 milhão não sabia sua orientação sexual e 3,6 milhões não quiseram responder. A pesquisa investigou, pela primeira vez, e em caráter experimental, essa característica da população brasileira.

No Piauí, a proporção de pessoas adultas que se declararam homossexuais ou bissexuais foi de 1,7%, o que equivale a 42 mil pessoas. Cerca de 6,3% não sabiam ou não quiseram responder, percentual que representa 154 mil pessoas. 

Já emTeresina, o percentual dos que se declararam homossexuais ou bissexuais foi de 2,6%, o que representa 18 mil pessoas. Cerca de 4,8% da população teresinense se recusou a responder ou não sabia, taxa que equivale a 32 mil pessoas.


A pesquisa feita em 2019, aponta que havia 159,2 milhões de pessoas de 18 anos ou mais no país, das quais 53,2% eram mulheres e 46,8% eram homens. Desse total, 94,8% se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual, como assexual e pansexual, por exemplo.

Do total de 1,1 milhão que se declarou bissexual, 65,6% eram mulheres. Por outro lado, os homens eram maioria (56,9%) no total de 1,8 milhão de pessoas que se autoidentificaram como homossexuais.

Metodologia da pesquisa 

Os dados sobre orientação sexual foram coletados, em 2019, no módulo da PNS que investigou a atividade sexual, destinado aos moradores de 18 anos ou mais. Seguindo a metodologia da pesquisa, o entrevistado foi selecionado aleatoriamente, dentre os moradores do domicílio no momento da entrevista, para responder sobre sua orientação sexual. Ele respondeu à pergunta "Qual é sua orientação sexual?" e teve as seguintes opções de resposta: heterossexual; homossexual; bissexual; outra orientação sexual; não sabe; e recusou-se a responder.

Ciente de que esse tema é sensível, o IBGE buscou assegurar, durante a entrevista, a privacidade para que o informante pudesse responder à pergunta, sendo inclusive oferecido que ele mesmo preenchesse a resposta no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), utilizado pelos entrevistadores para o registro das informações.

"Tivemos esse cuidado porque sabemos que o estigma social existente sobre lésbicas, gays e bissexuais, assim como o medo da discriminação e violência, gera um maior receio do entrevistado informar verbalmente para outra pessoa sua orientação sexual, especialmente em cidades pequenas", observa Maria Lúcia Vieira gerente do IBGE.

Orientação sexual foi captada pela autoidentificação

Assim como outras pesquisas ao redor do mundo, a PNS captou a orientação sexual dos entrevistados a partir da autoidentificação. Não foram investigadas outras dimensões da orientação sexual, como atração ou comportamento sexual. A coordenadora da pesquisa explicou que há pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo sexo, ou que ainda praticam sexo com pessoas do mesmo sexo, mas que não se identificam como lésbicas, gays ou bissexuais.

"O fato de uma pessoa se autoidentificar como heterossexual, não impede que ela tenha atração ou relação sexual com alguém do mesmo sexo. Para a captação dessas diferentes formas de avaliar a orientação sexual, seria necessária a investigação do comportamento e da atração sexual, conceitos diferentes da autoidentificação, que não foram investigados na PNS", explica Maria Lucia.

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