A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou sobre os riscos globais das novas políticas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante seu discurso de posse. Para Marina, as medidas sinalizam um grande retrocesso nos esforços de combate às mudanças climáticas, especialmente com a decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris e priorizar combustíveis fósseis.
As declarações da ministra reforçam a preocupação com o impacto dessa postura nos esforços globais para mitigar os efeitos da crise climática. Marina destacou que o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo tem uma responsabilidade inadiável na transição para energias limpas e no cumprimento das metas climáticas acordadas internacionalmente.
Trump anunciou que os Estados Unidos deixarão novamente o Acordo de Paris, posicionando-se ao lado de países como Irã, Líbia e Iêmen, únicos fora do pacto global que busca limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Além disso, o presidente declarou uma "Emergência Nacional de Energia", visando expandir a produção de petróleo e gás para fortalecer a indústria de combustíveis fósseis no país.
Em resposta, Marina Silva destacou a importância da governança climática em nível estadual nos EUA, apontando que a estrutura federativa pode permitir avanços regionais, mesmo diante de retrocessos na esfera federal. A ministra reforçou a necessidade de compromissos internacionais e da união de esforços para enfrentar a crise climática.
As novas diretrizes do governo Trump contrastam com as políticas do governo Biden, que promoveu a transição energética e a industrialização verde. Marina Silva alertou que a postura de Trump ignora os efeitos crescentes de eventos climáticos extremos e a pressão da própria população americana, que enfrenta os impactos da emergência climática no dia a dia.
Fonte: Com informações do Brasil 247