
A Justiça Eleitoral manteve as prisões da vereadora Tatiana Medeiros e do namorado Alandilson Cardoso Passos, investigados por corrupção eleitoral, organização criminosa e outros crimes. A decisão foi publicada na quarta-feira (20) pela juíza Junia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 1ª Zona Eleitoral.
Tatiana Medeiros segue em prisão domiciliar, enquanto Alandilson continua em prisão preventiva em Minas Gerais, onde está preso desde novembro de 2024.
Segundo a magistrada, a revisão obrigatória das prisões a cada 90 dias, prevista pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não significa que os acusados devam ser soltos automaticamente. Ela destacou ainda que há fortes indícios de participação nos crimes e risco à ordem pública, o que justifica a manutenção do cárcere.
Durante o processo, a defesa de Stênio Ferreira Santos, padrasto da vereadora, pediu a retirada da acusação de organização criminosa, além do acesso completo aos celulares apreendidos. A Justiça autorizou apenas que ele veja as mensagens do próprio aparelho e conversas em que participa, mas negou o pedido para retirar a acusação.
Investigações
De acordo com o Ministério Público, os acusados teriam formado uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. O grupo é acusado de usar empresas de fachada e negociações fraudulentas de veículos para ocultar valores obtidos ilegalmente.
Relatórios técnicos, movimentações financeiras suspeitas, dados fiscais e informações do COAF foram anexados ao processo como provas. Documentos de operações policiais, como a Denarc 64 e a Escudo Eleitoral, também reforçam as acusações.
Alandilson foi preso durante a Operação Denarc 84, em novembro de 2024, que resultou na prisão de 13 pessoas. Já Tatiana foi detida neste ano, na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que também teve como alvo o próprio Alandilson, mesmo já preso.