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Grupo Matizes critica realização de “Parada Day” pela Secult

Em nota, Matizes classificou como inopinada a decisão da Secult e defendeu autonomia da Parada da Diversidade

Da Redação

Sábado - 09/08/2025 às 08:26



Foto: Grupo Matizes Participantes da Parada da Diversidade esbanjam roupas e acessórios coloridos em clima de muita alegria
Participantes da Parada da Diversidade esbanjam roupas e acessórios coloridos em clima de muita alegria

O Grupo Matizes, responsável pela organização de todas as edições da Parada da Diversidade de Teresina, criticou publicamente a  realização do evento “Parada Day”, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), marcado para 14 de setembro, dois dias após a data prevista para a 23ª edição oficial da Parada da Diversidade.

A entidade afirmou ter recebido com espanto a notícia e destacou que a Parada da Diversidade integra o calendário oficial do município de Teresina (Lei Municipal 4148/2011) e o calendário cultural do Piauí, divulgado anualmente pela Secult.

Segundo o grupo, até 2024 a maior parte dos recursos para o show da Parada vinha da Secult e da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Este ano, o Matizes afirmou ter realizado dezenas de reuniões com representantes do governo estadual para garantir recursos, incluindo um encontro em junho no qual foi informado de um aporte de R$ 280 mil para a edição de 2025.

Apesar disso, a entidade diz não ter recebido retorno formal ao seu pedido de reunião mais recente.

O Grupo Matizes classificou como inopinada a decisão da Secult de promover um evento paralelo reafirmando seu compromisso de manter a Parada da Diversidade como um ato inclusivo, de promoção da igualdade, sem “camarotização” e sem benefícios a empresas que lucram com eventos culturais financiados com recursos públicos.

Em mensagem divulgada nas redes sociais, a organização ressaltou que, no Brasil, mais de uma centena de Paradas do Orgulho LGBTQIA+ são realizadas anualmente pela sociedade civil, sem interferência direta do poder público na formatação ou organização. 

Nossa autonomia, própria de uma organização da sociedade, é inegociável”, afirmou o Matizes, reconhecendo, contudo, a importância do apoio institucional nos últimos 22 anos.

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