O Carnaval, conhecido por sua liberdade e diversão, pode ser um desafio para a autoestima de algumas pessoas. Embora seja uma chance de se expressar, também pode trazer a pressão de seguir os padrões de beleza da sociedade.

Para a psicóloga Lívia Barreto, Head da Mental One, o período de Carnaval provoca uma dualidade de sentimentos. "Muitas pessoas se sentem mais livres para expressar sua identidade através de fantasias e maquiagem. No entanto, também existe uma pressão para se adaptar a uma ideia de liberdade exagerada", explica.

Essa pressão, segundo Lívia, pode ser compreendida pela terapia cognitiva, que identifica pensamentos disfuncionais. "As pessoas acreditam que precisam se encaixar a todo custo nesse padrão, o que é uma distorção", observa a especialista.

Lívia reforça que indivíduos com perfis mais introspectivos não precisam se sentir obrigados a se expor ou a participar de festas de maneira expansiva. "A introspecção é uma forma legítima de expressão, e o Carnaval pode ser vivido de acordo com os próprios gostos e limites, respeitando o ritmo pessoal", afirma.

Para aqueles que conseguem se desvincular dessa pressão, o Carnaval pode trazer benefícios significativos para a autoestima. "Quando a pessoa se permite explorar sua identidade, ela fortalece o contato consigo mesma e melhora a autoconfiança", destaca.

A psicóloga também sugere que é possível incorporar o espírito de liberdade carnavalesca no dia a dia, através de pequenas mudanças de comportamento ou acessórios. "Incorporar elementos de expressividade, mesmo em ambientes formais, pode manter a sensação de autenticidade", sugere.

Por fim, Lívia destaca que o Carnaval é uma oportunidade para experimentar novas formas de se expressar, sempre respeitando os próprios limites. "É o momento ideal para testar mudanças em nossa aparência ou comportamento de forma confortável e genuína", conclui.