A Força Aérea Brasileira (FAB), em parceria com a Polícia Federal, abateu, nesta terça-feira (11), uma aeronave de pequeno porte que transportava drogas e entrou ilegalmente no espaço aéreo brasileiro vindo da Venezuela. A ação ocorreu na região Norte do país, próxima à fronteira venezuelana.
A aeronave foi detectada pelas autoridades aéreas, que tentaram comunicação via rádio e emitiram ordens para que o piloto realizasse um pouso em aeródromo próximo. Diante da ausência de resposta e da manutenção da rota irregular, a FAB efetuou disparos de advertência, que também foram ignorados. Seguindo os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), a aeronave foi classificada como hostil, e foi realizado o Tiro de Detenção (TDE) para impedir a continuidade do voo ilícito. Como resultado, o avião colidiu com o solo em uma área de floresta.
Na quarta-feira (12), equipes da FAB localizaram os destroços da aeronave com o auxílio de um helicóptero. No local, foram encontrados os corpos de dois ocupantes e uma carga de drogas, cuja quantidade e tipo ainda não foram divulgados. A operação faz parte da Operação Ostium, que visa intensificar o combate a atividades criminosas nas fronteiras brasileiras.
Lei do Abate, regulamentada em 2004, permite que a FAB intercepte e, em último caso, abata aeronaves consideradas suspeitas que não atendam às determinações de identificação e pouso. Essa medida é aplicada após esgotadas todas as tentativas de comunicação e persuasão, visando garantir a segurança do espaço aéreo nacional.
A FAB ressaltou que o uso do Tiro de Detenção é uma medida extrema, empregada somente quando todas as outras alternativas foram esgotadas e a aeronave continua a representar uma ameaça. A operação conjunta com a Polícia Federal reforça o compromisso das forças de segurança brasileiras no combate ao tráfico de drogas e outras atividades ilícitas nas regiões de fronteira.
As investigações sobre a origem da aeronave, a identidade dos ocupantes e a natureza da carga apreendida estão em andamento, sob a responsabilidade da Polícia Federal. A FAB e a PF continuam monitorando as fronteiras aéreas do país para prevenir e reprimir ações criminosas que possam comprometer a segurança nacional.
Fonte: Agência Brasil
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