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LUTO

Estudante de medicina morre em Teresina, aos 23 anos, por complicações de doença rara

Maria Clara Sabóia estava internada desde maio. Ela é filha do médico e ex-prefeito de Luzilândia, Vicente de Sabóia

Da Redação

Terça - 15/10/2024 às 11:41



Foto: Arquivo pessoal Maria Clara Sabóia
Maria Clara Sabóia

A estudante de medicina Maria Clara Sabóia, de 23 anos, morreu na tarde dessa segunda-feira (14) após lutar contra uma doença rara que afeta o sistema neurológico, a Porfiria Aguda Intermitente. A jovem estava internada desde maio no Hospital Prontomed, em Teresina.

Maria Clara é filha do médico e ex-prefeito de Luzilândia, Dr. Vicente de Sabóia. Ela cursava medicina em Parnaíba, no litoral do Piauí, mas precisou interromper os estudos para tratar da doença. 

A jovem apresentou os sintomas da doença no começo deste ano. Ela perdeu os movimentos dos braços e pernas, além de sentir dores fortes. Após uma bateria de exames, Maria Clara foi diagnosticada com Porfiria Aguda Intermitente, que provoca crises neurológicas graves. A morte da jovem causou comoção em sua cidade natal, Luzilândia.

A irmã de Maria Clara, Maria Arlene Sabóia, foi quem anunciou o falecimento nas redes sociais. Ela disse que o velório será restrito à família e amigos próximos.  

A família de Maria Clara chegou a realizar várias campanhas para arrecadar dinheiro para o tratamento da jovem. Uma dose do medicamento Panhematin custa em média R$ 56 mil. 

A doença

De acordo com o site https://www.crmpr.org.br, a porfiria aguda é uma doença genética rara e de difícil diagnóstico. Os pacientes afetados podem desenvolver ataques agudos potencialmente fatais marcados por dor abdominal intensa e disfunções neurológicas e psiquiátricas. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar o acúmulo tóxico dos precursores metabólicos no organismo. 

As porfirias fazem parte de um grupo de oito tipos de doenças genéticas raras, com difícil diagnóstico porque simulam sintomas de muitas outras condições semelhantes, como por exemplos as da fibromialgia, hepatite, Síndrome de Guillian-Barré e Doença de Crohn. Resultam, cada uma, de deficiências enzimáticas na biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação tóxica de precursores metabólicos. Ainda não há cura, mas existe tratamento para as crises e prevenção.

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