Gilvan Lins Ferreira Castelo Branco, 33 anos, já fugia de populares do Parque Vitória quando chegou ao residencial Betinho por volta de 17h30. Ao chegar na quadra 18, ele teria entrado em uma casa e tomado uma tesoura, fazendo uma moradora refém.
Apesar de ter uma vítima em suas mãos, Gilvan não conseguiu se livrar dos populares, que teriam conseguido tomar a tesoura e iniciaram o espancamento.
O major Nelson Feitosa, comandante da Companhia Independente do Promorar, informou que uma viatura foi acionada e deslocada para o local, mas já encontrou Gilvan desacordado. Os policiais colocaram o susposto assaltante dentro da viatura e o levaram para o hospital do Promorar. Porém, o suspeito veio a óbito.
A Delegacia de Homicídios já assumiu o caso e foi ao local no início da noite, para investigar as cirscunstâncias da morte e quem pode ter participado do linchamento.
Olho por olho
O caso no residencial Betinho reforça a escalada da violência promovida pelo próprio cidadão, que tem buscado fazer justiça com as próprias mãos. Foram três linchamentos em apenas 20 dias, sem contar casos nos quais os supostos criminosos não chegaram a morrer.
No dia 26 de novembro, um jovem suspeito de assaltar um taxista foi espancado e morto no bairro São Pedro, zona Sul. A polícia investiga um grupo de taxistas que teria cometido o linchamento.
Até o linchamento de ontem, o caso mais recente de revolta popular havia ocorrido na última sexta-feira, dia 12. Suspeito de assaltos no Lourival Parente, zona Sul, Paulo Ricardo Campos da Costa, de 21 anos, teria sido atropelado por um carro que o perseguia. Apesar de socorrido, ele veio a óbito no HUT.
Os três casos aconteceram na zona Sul, o de ontem próximo a Vila Santa Cruz onde na semana passada um trabalhador foi assassinado pelo bandido que havia tomado a sua moto. Os moradores alegam que a vítima procurou a Polícia e disse que sabia aonde estava escondido o seu transporte, mas a PM teria alegado que faltava combustível.
Fonte: Da redação com informações do cidadeverde