O gás de cozinha sofreu o segundo reajuste de 2021 e teve aumento de 5,1%, conforme anúncio da Petrobras. O novo valor passou a vigorar nesta terça-feira (09) e representa um aumento de R$0,14 por litro. Assim, um botijão de 13 quilos passou de R$35,98 para R$37,79 nas refinarias. Em janeiro deste ano, o primeiro reajuste foi de 6%.
De acordo com Valtercides Filho, presidente do Sindicato dos Revendedores de GLP do Piauí, este é o segundo aumento de 2021 anunciado pela Petrobras, e o terceiro reajuste aos revendedores. Em 11 meses, o gás de cozinha teve 12 reajustes, o que totaliza 63% de reajuste, mas que não tem sido repassado pela categoria à população.
"No dia 02 de fevereiro recebemos um aumento de centavos das distribuidoras, mas não repassamos aos consumidores. Está difícil manter o preço, até porque as pessoas estão economizando e não foi somente o gás que aumentou. No começo do ano passado o gás era vendido na entrega a R$75, se colocar o 63% em cima, o gás era para estar quase R$130", explica.
Leia também:
Polícia procura família de mulher encontrada morta em caixa de presente
Semar e Idepi tratam sobre Plano Estadual de Segurança de Barragens
Em Teresina, a média de preço do botijão de gás varia entre R$80 e R$90, uma defasagem de quase R$50, segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de gás de cozinha. Com esse novo reajuste, o botijão já chega a custar R$100 em alguns municípios, como em Parnaíba, Piripiri e Barras.
"Se estivéssemos repassando todos os reajustes que recebemos a população não suportaria e ficaria fora da curva, pois o salário é R$1.100, com o gás custando R$130, ainda mais em tempos de pandemia, onde muitas pessoas perderam o emprego ou então tiveram o salário reduzido. Não acho injusto que aumente, mas quando tem redução a distribuidora não nos repassa e nós não conseguimos repassar para a população", enfatiza Valtercides Filho.
Com relação a quanto esse aumento representará ao bolso dos consumidores, Valtercides destacou que o preço do gás de cozinha é livre, ou seja, vai de acordo com cada distribuidora e revendedora, com base em seus custos. "Se algum revendedor consegue comprar mais barato, o consumidor pode até comprar mais barato, mas a média é que o botijão de gás chegue a R$90 em Teresina e acima de R$ 100 no interior do Estado, principalmente na região Norte, já que tem o frete", pontuou.
Fonte: Portal SRN