Lizzie Sophia, uma rescém-nascida, está em estado grave - em coma e entubada - na UTI neonatal da Maternidade Dona Evangelina Rosa, na zona Leste de Teresina, e corre risco de morrer a qualquer momento se não for operada com certa urgência em um hospital de referência para doenças cardíacas, porque ela tem uma cardiopatia congênita grave e rara, do tipo EEbstein.
A menina chegou aquele hospital maternidade há cerca de 30 dias. E, segundo a mãe, identificada apenas como Ana Cláudia, a bebê precisa ser transferência para o Hospital do Coração, em São Paulo, para se sumeter a uma cirurgia delicada, mas a família não os recursos para custear a viagem, a cirurgia e o tratamento.
Em relato dramático numa rede social (Instagram) a jovem mãe tem pressa na cirurgia e pede ajuda porque, pelo delicado quadro de saúde, a criança não pode esperar. "O governo joga a gente para a fila de espera e Lizzie não pode esperar", diz Ana Claudia, numa referência à demora do Sistema Único de Saúde - SUS.
Ana Claudia revela que recorreu á Justiça. Ela diz que procurou a Defensoria Pública do Estado do Piauí para conseguir levar a filha para o hospital mais adequado para o tratamento dela. Ela conta que numa dessas saídas para a Defensoria Pública a filha teve uma parada cardíaca e seu estado de saúde se agravou.
A situação é grave. "Lizze não tem tempo de esperar. Tanto é que eles (os médicos da Evangelina Rosa) não sabem o que levou ela ao coma. O que eles dizem é que a doença dela é uma caixinha de surpresas. Ela pode estar boa, mas se não fizer a cirurgia ela pára, de repente, e morre", explica Ana Cláudia.
De acordo com a mãe, o estado de saúde de Lizzie se agravou depois que ela teve a parada cardíaca. A criança ficou com sequelas porque ficou sem exigênio no cérebro. "Ela deu convulsão e essas convulsão (sic) deixaram sequelas nela", disse a jovem mãe depois de 14 dias da menina em coma.
A família já tem o advogado Vinicius Leal para acompanhar o caso. Segundo ele, a mãe alega que está com dificuldade para transferir o bebê por falta de recursos e diz que Maternidade se recusa a repassar o prontuário médico. Diz ainda que criança está sem tomar as medicações de que precisa.
Qual a doença
A menina chegou à Maternidade Dona Evangelina Rosa há cerca de 30 dias. Lá os médicos constataram que ela sofre de uma cardiopatia congênita rara, do tipo Ebstein, e precisa ser transferida com urgência para o Hospital do Coração - INCOR, em São Paulo, através de uma UTI aérea.
A anomalia de Ebstein é um defeito cardíaco raro que afeta a válvula tricúspide, uma das quatro válvulas do coração. A anomalia ocorre quando a válvula está na posição errada e os folhetos (válvulas cardíacas) estão malformados, o que faz com que a válvula não funcione corretamente.
O advogado Vinicius Leal reforça a informação de que a criança chegou na maternidade há mais de 30 dias e só piorou. "Chegou bem, sendo amamentada. Hoje está em coma e entubada. Sem nenhuma evolução", disse, insinuando ter havido erro médico.
O advogado diz também que a maternidade não possui capacidade técnica para realizar alguns exames e o procedimento cirúrgico que a criança precisa. "O tratamento de saúde dela segue prejudicado pela não transferência para o Hospital de Referência, conforme foi solicitado anteriormente", declara.
Diante da gravidade do caso e da falta de condições financeiras, os pais da pequena Lizzie estão fazendo uma vaquinha para arrecadar dinheiro para transferir a filha em uma UTI aérea com urgência a São Paulo para a realização da cirurgia do coração. Para ajudar na vaquinha, é necessário acessar o site a Vaquinha do Razões (voaa).
Versão da Maternidade
Em nota ao PortalPiauíHoje.Com, a direção da Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa esclareceu o seguinte sobre o caso da recém-nascida Lizzie Sophia:
"A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER) reforça o compromisso com a confidencialidade dos prontuários médicos, assegurando o direito à privacidade dos dados de todos os pacientes. Informações detalhadas sobre internações, cirurgias e outros procedimentos médicos são consideradas confidenciais e pertencem exclusivamente ao paciente. O compartilhamento dessas informações só ocorre com a autorização expressa do paciente ou em circunstâncias específicas previstas por Lei. Essa medida é fundamental para garantir o respeito aos direitos de cada pessoa atendida na unidade de saúde".
Em nota à imprensa, a Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa esclareceu sobre o caso da recém-nascida Lizzie Sophia:
A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER) reforça o compromisso com a confidencialidade dos prontuários médicos, assegurando o direito à privacidade dos dados de todos os pacientes. Informações detalhadas sobre internações, cirurgias e outros procedimentos médicos são consideradas confidenciais e pertencem exclusivamente ao paciente. O compartilhamento dessas informações só ocorre com a autorização expressa do paciente ou em circunstâncias específicas previstas por Lei. Essa medida é fundamental para garantir o respeito aos direitos de cada pessoa atendida na unidade de saúde.
(*) Ingrid Santana é estagiária sob supervisãodo jornalista LuizBrandão