
Giovanna Antonelli entrou no mundo dos negócios, mas isso virou um grande problema para ela. Dois inquéritos, um civil e outro criminal, estão investigando se ela e o Grupo Salus, um conglomerado de franquias de saúde e estética, cometeram crimes. As acusações incluem propaganda enganosa, pirâmide financeira, falsificação de documentos e concorrência desleal, entre outros.
Antonelli foi sócia da Giolaser, uma rede de clínicas de depilação e estética que usava seu nome e imagem, mas ela saiu do negócio depois que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) aceitou a primeira denúncia. A ação pede R$ 2,2 milhões de indenização e diz que manter uma unidade da franquia era financeiramente inviável devido a cobranças inesperadas e taxas altas, além de promessas que não se cumpriram.
Mesmo após sair, Antonelli passou a ser investigada também por crimes. Um novo inquérito, aberto em 3 de junho, foi assinado por 46 franqueados e ex-franqueados, acusando ela e o grupo de crimes como concorrência desleal, propaganda enganosa, manipulação econômica, falsificação de documentos e pirâmide financeira.
A denúncia que o MPSP acolheu diz que o grupo afirmava ter um faturamento bilionário e um modelo de negócio muito lucrativo, mas que, na realidade, causou a falência de várias pessoas. Hoje, há quase mil processos contra os franqueadores e franqueados do grupo, alegando engano comercial, inclusive envolvendo esquema de pirâmide.
O Grupo Salus foi fundado por Carla Sani, sócia de Antonelli, e tem mais de 860 franquias em marcas como Sorridents (odontologia), Olhar Certo (oftalmologia), Amo Vacinas e a própria Giolaser. O grupo teve um faturamento de R$ 1 bilhão em 2023. Documentos entregues ao Ministério Público mostram que a Giolaser não contou aos franqueados que fazia parte desse grupo maior. Além disso, ela omitiu custos reais e sobrecarregou os franqueados com taxas e exigências para comprar itens apenas do grupo.
Outras acusações falam sobre manipulação dos dados financeiros, cobranças indevidas e práticas de concorrência interna, que teriam levado várias unidades da franquia à falência. Só nos últimos 30 dias, 36 pedidos de falência foram registrados.
O Grupo Salus não respondeu aos pedidos de comentário, mas a defesa de Giovanna Antonelli disse, em nota, que ela está sendo alvo de um movimento oportunista. A defesa afirma que a atriz não tem responsabilidade nas questões contratuais entre os franqueados e a franqueadora. Ela apenas cedeu sua imagem e teve uma participação minoritária no negócio, sem gerir a empresa.
Os advogados ressaltam que qualquer problema entre as empresas deve ser resolvido entre elas, e que Antonelli não tem envolvimento direto com os contratos dos franqueados. A investigação continua em andamento.
Fonte: Brasil247