O crime deve ter acontecido antes da meia noite, talvez por volta das 9 horas, tendo em vista que “seu Clóvis”, como era conhecido pelos vizinhos do Residencial Boa Esperança II, ainda estava com a roupa e as botas que havia chegado na sua humilde moradia.
Como não bastasse o profundo corte na parte traseira da cabeça de Clóvis Miranda, que por muito pouco não a abriu em bandas, o cruel assassino ainda cortou um dos dedos da vítima.
A polícia suspeita de crime encomendado, embora muitos acreditem em latrocínio, crime que ocorre quando, para consumar o roubo, a violência empregada pelo agente causa a morte da vítima. Além da tipificação contida no artigo 157, §3º (in fine) do Código Penal Brasileiro, está previsto no rol taxativo dos crimes hediondos (artigo 1º, II, da lei nº 8.072 de 1990).
Segundo a Polícia Militar, que já trabalha com nomes de suspeitos, todas as informações serão repassadas à Polícia Civil, a fim de que se chegue ao(s) autor(es) do bárbaro crime.
Natural de Macaúbas, no centro-sul baiano, Clóvis Miranda residia em Santa Filomena a cerca de cinco anos, sobrevivendo da aposentadoria e de eventuais serviços que ele prestava como protético prático, confeccionando estruturas dentárias, como pontes e dentaduras.
Não há nenhum parente de Clóvis Xavier em Santa Filomena. De acordo com Cícero Pereira, que era um de seus amigos mais próximos, apenas se sabe que um de seus filhos reside em Corrente (PI).
Fonte: gp1