Esportes

PARALIMPÍADA 2024

Natação paralímpica brasileira pode superar recorde conquistado em 2021

Com 23 pódios já conquistados, a equipe brasileira já conseguiu igualar o recorde de Tóquio 2021

Da Redação

Sexta - 06/09/2024 às 09:40



Foto: Ana Patrícia/CPB Daniel Dias vibra com natação e torce para Carol Santiago continuar
Daniel Dias vibra com natação e torce para Carol Santiago continuar

Na Paralimpíada de Paris, a natação brasileira alcançou um marco significativo ao igualar o recorde de 23 medalhas conquistado nos Jogos de Tóquio 2021. Com a competição ainda em andamento, o Brasil tem a chance de estabelecer um novo recorde nesta sexta-feira (6), o último dia das provas de natação.

O recorde atual reflete um desempenho excepcional da equipe brasileira, que, apesar de já ter atingido um número impressionante de pódios, ainda pode superar a marca histórica. Este resultado não é uma surpresa para Daniel Dias, o maior nadador paralímpico do Brasil, que, embora aposentado desde 2021, continua a ser uma referência importante para o esporte.

Daniel, que conquistou 27 medalhas ao longo de quatro Paralimpíadas, incluindo 14 de ouro, não está competindo em Paris, mas está presente para torcer pelos novos talentos e acompanhar as provas. Ele descreve sua experiência em Paris como um misto de emoções, reconhecendo a vontade de voltar às competições ao ver a piscina e a atmosfera dos Jogos. No entanto, ele se alegra em ver a nova geração brilhando e trazendo resultados expressivos.

Até quinta-feira (5), o Brasil havia alcançado o pódio com 13 nadadores distintos. Destaque para Carol Santiago, que conquistou cinco medalhas, incluindo três de ouro e duas de prata, e Gabriel Araújo, com três ouros. Comparando com os Jogos de Tóquio, onde o recorde foi atingido com "somente" dez medalhistas, e o Rio 2016, com oito competidores laureados, a atual equipe demonstra um avanço significativo.


Daniel Dias elogia o desenvolvimento do esporte e a diversidade de atletas que têm se destacado. Ele destaca que o investimento e o trabalho realizado após suas participações ajudaram a elevar o nível da natação paralímpica brasileira. Entre os novos talentos, ele menciona Gabrielzinho, Gabriel Bandeira e Samuel Oliveira, além das promissoras nadadoras Mariana, Cecília e Mayara Petzold. Ele também elogia Carol Santiago por superar o recorde de Ádria dos Santos em número de ouros.

Embora Daniel tenha se aposentado das piscinas e não tenha planos de retornar ao esporte como técnico ou competir em outra modalidade, ele continua ativo no cenário paralímpico. Ele viaja pelo Brasil dando palestras e gerenciando o Instituto Daniel Dias, fundado em Bragança Paulista (SP) há dez anos. O instituto se dedica a promover a natação paralímpica, ensinando crianças e procurando novos talentos.


“Estamos fomentando o esporte paralímpico e a natação, especialmente entre crianças que ainda não sabem nadar. Quem sabe, em uma futura entrevista, possamos falar sobre um novo talento descoberto em nosso instituto que esteja trazendo conquistas para o Brasil”, concluiu Daniel, com um otimismo contagiante sobre o futuro do esporte.

Fonte: Agência Brasil

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