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LUTO

Manga, ex-goleiro da Seleção e ídolo do Botafogo, morre no Rio de Janeiro aos 88 anos

Veterano enfrentava um câncer de próstata; trajetória incluiu passagens por Inter, Nacional-URU e Barcelona-EQU

Da Redação

Terça - 08/04/2025 às 10:05



Foto: Vítor Silva/BFR Manga, o goleiro de que não usava luvas, enfrentava um câncer de próstata
Manga, o goleiro de que não usava luvas, enfrentava um câncer de próstata

Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, ex-goleiro da Seleção Brasileira e um dos grandes nomes da história do Botafogo, morreu nesta terça-feira (8), aos 88 anos, no Hospital Rio Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O ex-jogador lutava contra um câncer de próstata nos últimos anos. A morte foi confirmada pelo Botafogo, clube em que viveu os anos mais marcantes da carreira.

Natural do Recife, Manga começou a trajetória profissional no Sport, onde conquistou três títulos estaduais ainda na década de 1950. Em 1959, transferiu-se para o Botafogo, onde virou ídolo. No clube alvinegro, acumulou títulos e se tornou recordista: com mais de 440 jogos disputados, é o atleta com mais conquistas na história da equipe.

Pelo Botafogo, levantou quatro taças do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968), três edições do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966) e a Taça Brasil de 1968, entre outros títulos. Foi também peça fundamental em dois dos elencos mais vitoriosos do clube, atuando ao lado de Garrincha, Nilton Santos, Didi e outros ícones do futebol nacional.

O desempenho de Manga no Botafogo o levou à convocação para a Seleção Brasileira. Em 1966, foi o goleiro titular do Brasil na Copa do Mundo, disputada na Inglaterra. Além da sólida carreira em solo brasileiro, Manga fez história no futebol internacional. Entre 1969 e 1974, defendeu o Nacional, do Uruguai, onde conquistou quatro títulos da liga local e dois dos principais troféus continentais: a Copa Libertadores e a Copa Intercontinental, ambos em 1971.


No Brasil, teve passagens ainda por Internacional, Coritiba, Grêmio e Operário-MS. Pelo Inter, foi bicampeão brasileiro em 1975 e 1976, além de tricampeão gaúcho. Encerrou a carreira em 1982, defendendo o Barcelona de Guayaquil, no Equador — país onde ainda conquistou o Campeonato Equatoriano, em 1981.

Reconhecido pela segurança debaixo das traves e por um hábito incomum para a posição, Manga atuava sem luvas. Em vez disso, usava uma mistura de óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência da bola — marca registrada que o acompanhou ao longo das décadas. A relevância de Manga para o futebol brasileiro também inspirou uma homenagem duradoura: o “Dia do Goleiro”, celebrado em 26 de abril, data de seu nascimento.

O velório do ex-jogador será realizado nesta quarta-feira (9), no salão nobre da sede do Botafogo, em General Severiano, no Rio de Janeiro. O presidente do clube, João Paulo de Magalhães Lins, decretou luto oficial e prestou homenagens. “Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial. Defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo integrado dois dos maiores times da nossa história. Deixa uma trajetória de defesas inesquecíveis e muito amor pelo Botafogo”, escreveu o clube em nota.

Confira a nota completa abaixo:

"É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra. 

Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo integrado dois dos maiores times da nossa história, os bicampeões cariocas de 61/62 e 67/68.  

Titular da Seleção Brasileira de 66, Manga deixa uma história de defesas inesquecíveis e muito amor pelo Botafogo."

Fonte: UOL

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