Esportes

JOGOS OLÍMPICOS

Maioria pela primeira vez, delegação feminina lidera a busca por medalhas em Paris

Os destaques são nas modalidades como vôlei, judô, vela e ginástica rítmica

Da Redação

Terça - 23/07/2024 às 08:35



Foto: Rafael Bello/COB Delegação feminina é maioria nas modalidades olímpicas pela primeira vez
Delegação feminina é maioria nas modalidades olímpicas pela primeira vez

Para igualar ou superar o recorde de 21 medalhas conquistadas na Olimpíada de Tóquio, no Japão, há três anos, o Brasil dependerá fortemente das mulheres. Pela primeira vez, o país terá uma delegação predominantemente feminina, com 153 das 276 vagas asseguradas na capital francesa, conforme o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Algumas modalidades explicam essa maior presença feminina, que é inédita. No futebol, handebol e rugby, as seleções masculinas não se classificaram para a Olimpíada, ao contrário das femininas. Na ginástica artística, as mulheres garantiram a participação na disputa por equipes, assegurando cinco vagas em Paris, enquanto os homens terão apenas dois representantes em provas individuais.


No levantamento de peso, wrestling e pentatlo moderno, todas as vagas conquistadas pelo Brasil foram por mulheres. No tiro esportivo, esgrima, tênis e águas abertas, elas também são maioria entre os atletas classificados.

Além dos números absolutos, a delegação feminina conta com fortes candidatas a medalhas em várias modalidades. Na ginástica artística, a campeã olímpica Rebeca Andrade se destacou ao longo do ciclo de Paris como a maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles, superando a rival na prova do salto no Mundial do ano passado, em Antuérpia (Bélgica).

Medalhista de prata em Tóquio, Beatriz Ferreira chega a Paris como bicampeã mundial e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF) no peso leve. Rayssa Leal, por sua vez, acumulou dois títulos do circuito de skate street e venceu o Mundial de Sharjah (Emirados Árabes Unidos), após ter conquistado a segunda posição nos Jogos de Tóquio.


No vôlei de quadra, mesmo após cair na semifinal, a seleção feminina conquistou 13 vitórias consecutivas na Liga das Nações, levando a equipe comandada por José Roberto Guimarães ao topo do ranking mundial. Na praia, a dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs mundiais em 2022 e vice-campeãs no ano seguinte, também ocupa a posição de melhor do mundo.

No judô, Rafaela Silva, que ficou fora de Tóquio devido a um caso de doping, retornou com força total, conquistando o bicampeonato mundial em 2022 e agora busca seu segundo ouro olímpico. Mayra Aguiar, tricampeã mundial há dois anos, é uma forte candidata a conquistar sua quarta medalha nos Jogos, possivelmente a primeira de ouro após três bronzes entre 2012 e 2020.

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze têm a chance de se tornarem as primeiras brasileiras a conquistar três ouros olímpicos, caso repitam o desempenho das duas edições anteriores. Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha, após se recuperar de uma séria lesão no ombro e se mudar para a Itália há um ano, está determinada a buscar o bicampeonato nos Jogos de Paris.


Há também candidatas a surpresas em Paris. Nathalie Moellhausen, oitava no ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE) e campeã da etapa de Barcelona da Copa do Mundo no ano passado, é uma delas. A seleção de ginástica rítmica também tem alcançado resultados históricos, como o quarto lugar na prova dos cinco arcos no Mundial de 2023, em Valência. O Brasil sediará a próxima edição do evento em 2025.

No tênis, Luísa Stefani, medalhista de bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi, terá Beatriz Haddad Maia como parceira em Paris. Bia, que prioriza as disputas de simples (é a 20ª do ranking e número um do Brasil), tem os melhores resultados da carreira nas duplas, incluindo uma final de Aberto da Austrália.

No surfe, Tatiana Weston-Webb possui um vice-campeonato do circuito mundial e continua sendo uma forte competidora.

Fonte: Agência Brasil

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: