
O campeão mundial da Seleção Argentina, Enzo Fernández, veio a público na noite desta terça-feira (16), para pedir desculpas por cantar música de cunho racista durante live do Instagram. O episódio foi denunciado pela Federação Francesa de Futebol.
"Quero pedir desculpas sinceras por um vídeo postado em meu canal do Instagram durante as comemorações da seleção nacional. Sou contra todas as formas de discriminação e peço desculpas por ter me deixado levar pela euforia das comemorações da Copa América. Esse vídeo, esse momento, essas palavras, não refletem minhas crenças nem meu caráter. Lamento muito", postou Fernández, em inglês, em uma postagem na rede social X (ex-Twitter).
O vídeo em questão, amplamente divulgado nas redes sociais, foi filmado no ônibus da seleção Argentina, após se consagrar bicampeã da Copa América.
A "música" cantada no momento também já foi notada durante a Copa do Mundo de 2022, mas vinda da boca dos torcedores. A letra da música cita até mesmo o jogador Mbappé e faz comentários transfóbicos.
"Eles jogam pela França
mas são de Angola
que bom que eles vão correr
se relacionam com transexuais
a mãe deles é nigeriana
o pai deles cambojano
mas no passaporte: francês", diz o grito racista.
Confira o momento em que Enzo Fernandez encerra a live quando os jogadores da Argentina começam a cantar a polêmica música: "Olha, corre a bola, eles jogam na França, mas são todos de Angola. Q bom q eles vão correr, são ‘comedor#s travestis’ como o maldito Mbappé."
A atitude de Fernández também causou mal-estar entre seus colegas de clube, que instaurou um processo disciplinar contra Fernández. O zagueiro Wesley Fofana, que também atua pelo Chelsea, repostou o vídeo dos argentinos em suas redes sociais com a legenda : "O futebol em 2024: racismo desinibido".
Após o vídeo ganhar grande repercussão nas redes sociais, a Federação Francesa de Futebol anunciou que iria fazer uma denúncia e levar as imagens à Fifa.
"Dada a gravidade das manifestações, que são contrárias aos valores do esporte e dos Direitos Humanos, o presidente da FFF decidiu questionar diretamente o seu homólogo argentino (AFA) e a Fifa, e apresentar uma denúncia à justiça por palavras ofensivas de natureza racial e discriminatória", explica o comunicado da FFF.
Fonte: G1