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INVESTIGAÇÃO

​Hytalo Santos é preso acusado de exploração de menores; veja o vídeo

Operação conjunta do MP da Paraíba e MPT resulta na detenção de Hytalo Santos e marido por tráfico humano e sexualização infantil

Da Redação

Sexta - 15/08/2025 às 10:30



Foto: Reprodução/Redes Sociais Hytalo Santos e o marido são presos em SP por exploração de menores em conteúdos digitais
Hytalo Santos e o marido são presos em SP por exploração de menores em conteúdos digitais

O influenciador digital Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, durante uma operação coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal e outras autoridades. A prisão também incluiu Israel Nata Vicente, marido de Hytalo.

A ação foi autorizada pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, e está relacionada a investigações sobre tráfico humano e exploração sexual infantil. As apurações apontam que Hytalo Santos utilizava crianças e adolescentes em conteúdos digitais com teor sexualizado, prática conhecida como "adultização".

Denúncia de Felca e investigação

O caso ganhou notoriedade no início de agosto, quando o youtuber Felca divulgou um vídeo com mais de 40 milhões de visualizações denunciando a exploração de menores por influenciadores digitais. No conteúdo, Felca apontou Hytalo Santos como um dos envolvidos na sexualização precoce de crianças nas redes sociais e destacou que uma das adolescentes, Kamyla Santos, de 17 anos, estaria presente nos conteúdos do influenciador desde os 12 anos.

Em resposta às denúncias, a Justiça da Paraíba determinou a suspensão dos perfis de Hytalo Santos nas redes sociais, o bloqueio de seus conteúdos que envolvem menores de idade e a apreensão de seus aparelhos eletrônicos. Além disso, foi solicitado o bloqueio de uma empresa ligada a sorteios e rifas que utilizava imagens de menores para divulgação.

Operação do MP da Paraíba e MPT apura tráfico humano e sexualização de crianças nas redes sociais - Reprodução/Redes SociaisO investigado havia se pronunciado sobre as alegações pela primeira vez na quinta-feira (14), com uma nota em que nega as acusações de exploração de menores e afirma que sempre protegeu crianças e adolescentes. "Reafirmo minha integridade e indignação diante de falsas acusações. Não aceitarei que minha imagem e meu trabalho sejam manchados por narrativas infundadas, e seguirei defendendo, com firmeza, a verdade e os valores que sempre nortearam minha vida", afirmou o influencer na nota.

O Ministério Público da Paraíba, destacando a gravidade das acusações e a necessidade de proteger a dignidade das vítimas, manteve a continuidade da operação, com o objetivo de identificar e responsabilizar outros envolvidos na exploração de menores nas redes sociais.

O caso gerou uma repercursão nacional sobre a "adultização" de crianças e adolescentes na internet, motivando a criação de projetos de lei, conhecidos como "Lei Felca", com o intuito de combater a exploração sexual infantil online.

Fonte: G1 e CNN

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