O caso envolvendo Sean “Diddy” Combs trouxe à tona detalhes chocantes sobre seu estilo de vida e as festas privadas conhecidas como “freak-offs”, que combinavam sexo, drogas e até óleo de bebê. Essas sessões, de acordo com os promotores, ocorriam em hotéis de luxo ao redor dos Estados Unidos e envolviam participantes que eram coagidos a realizar atos sexuais enquanto estavam sob efeito de substâncias ilícitas.
As reuniões eram organizadas como verdadeiras maratonas de sexo, e o uso de óleo de bebê se tornou um elemento marcante dessas sessões, utilizado para criar um ambiente de fetiche que, segundo as acusações, envolvia a degradação e manipulação dos envolvidos.
Diddy teria o controle absoluto desses encontros, onde prostitutas e outras mulheres, muitas vezes sob a influência de álcool e drogas, eram forçadas a participar de atos sexuais que poderiam durar dias. O rapper supostamente fornecia as drogas, como ecstasy e cocaína, para garantir que os participantes estivessem constantemente sob efeito dessas substâncias, dificultando qualquer resistência ou denúncia após os eventos.
Segundo os depoimentos, a combinação entre drogas e o contexto sexual imposto visava transformar o espaço em que Diddy poderia abusar da submissão e dominação, com Diddy frequentemente filmando tudo e guardando as gravações como uma forma de chantagear os envolvidos.
Esses vídeos se tornaram uma parte fundamental das acusações, já que Diddy usaria as filmagens como uma maneira de manter o silêncio das vítimas. Ele alegadamente ameaçava expor essas gravações para destruir a reputação das mulheres envolvidas, o que tornava ainda mais difícil para elas escaparem dessa dinâmica abusiva.
Uma das acusadoras, Cassie, que teve um relacionamento conturbado com Diddy por mais de uma década, relatou em seu processo judicial que o cantor a forçava a derramar óleo de bebê sobre seu corpo enquanto ele dirigia os atos sexuais, quase como se estivesse produzindo um filme pornográfico caseiro.
O que diz a defesa do cantor
A defesa de Diddy, por outro lado, tenta apresentar esses encontros de uma forma bem diferente. Segundo os advogados do rapper, as relações eram consensuais e não havia coerção ou violência. Eles argumentam que, apesar do teor chocante das práticas, todos os participantes estavam cientes do que estava acontecendo e estavam lá por vontade própria. A defesa chegou a entrevistar alguns dos homens que o governo descreveu como trabalhadores sexuais, e eles afirmaram não ver o que ocorria como algo forçado ou coercitivo.
Contudo, os promotores destacam que a relação entre drogas, sexo e manipulação psicológica desempenhou um papel central para garantir o controle de Diddy sobre os eventos. A figura de poder que ele exercia, tanto no âmbito pessoal quanto profissional, criava uma dinâmica onde as vítimas, mesmo que quisessem resistir, temiam as consequências de se manifestarem. Além disso, a abundância de drogas nas festas não apenas facilitava os atos sexuais, mas também aumentava a vulnerabilidade das vítimas, tornando difícil para elas discernirem a gravidade da situação em que se encontravam.
Outro ponto que fortalece a acusação é o uso de ameaças e chantagens após os “freak-offs”. Diddy supostamente usava sua influência e as gravações feitas durante os encontros para intimidar e silenciar aqueles que poderiam revelar o que realmente acontecia nas festas. Isso configura, de acordo com os promotores, uma prática de extorsão e tráfico sexual, onde as mulheres eram manipuladas através de um ciclo contínuo de abuso, drogas e chantagem.
Fonte: Diário Centro do Mundo