Mais de 100 pessoas estão se preparando para processar o rapper Sean "Diddy" Combs por acusações de abuso sexual, estupro e exploração sexual. A informação foi divulgada por Tony Buzbee, advogado que representa as supostas vítimas, em uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos. Segundo Buzbee, entre os que o acusam estão homens e mulheres de diferentes partes do país, incluindo menores de idade que teriam sido abusados desde os nove anos. A denúncia marca a primeira vez que Combs é acusado de abuso contra crianças.
De acordo com reportagem publicada pela BBC News, o advogado afirmou que "esta é uma questão importante que pretendemos buscar com agressividade", e que a lista de vítimas chega a 120 pessoas. Ele revelou que os casos incluem homens e mulheres de mais de 25 estados americanos, sendo que 25 dos denunciantes eram menores de idade na época dos abusos.
As alegações se referem a crimes que teriam ocorrido ao longo de décadas, de 1991 até os dias atuais, com os incidentes mais recentes datando de 2023. As acusações apontam que muitos dos abusos ocorreram em festas organizadas por Combs em Los Angeles, Nova York e Miami. De acordo com Buzbee, as festas eram muitas vezes ligadas a eventos de lançamento de álbuns, celebrações de Ano Novo ou até mesmo audições para aspirantes à carreira musical.
"Jovens, especialmente aqueles que queriam ingressar na indústria, foram coagidos a esse tipo de conduta sob a promessa de se tornarem estrelas ou de terem suas fitas ouvidas por Sean Combs", declarou o advogado.
Entre os relatos mais perturbadores está o de um homem que afirma ter sido abusado sexualmente aos nove anos em um estúdio de gravação em Nova York, enquanto tentava conseguir um contrato musical com o rapper. "Se ele não tivesse tanto poder, sinto que eu poderia ter sido algo grande. Desisti da indústria devido ao que Sean Combs fez comigo", disse a vítima em um comunicado por meio de seu advogado.
Fonte: Brasil 247